Munch: uma torre de 13 andares para o pintor que foi mais feliz numa casinha à beira-mar
O mundo conhece-o, sobretudo, por causa de uma obra que se tornou símbolo da angústia, do medo e do desespero humanos, mas Edvard Munch é muito mais do que O Grito. Em Oslo, tem agora uma morada nova – um edifício em altura com vista para a baía – que em tudo contrasta com a pequena casa que comprou à beira-mar, longe da capital. Na torre, ele está nas obras; em Åsgårdstrand, está em todo o lado.
O edifício impõe-se sem dificuldades junto à água. Ajuda ser uma torre, numa zona da cidade em que a construção em altura parece reservada a prédios de escritórios e a hotéis e condomínios de luxo, mais recuados em relação à baía. Os arquitectos que o desenharam, do estudio Herreros, quiseram estabelecer uma relação clara com o edifício da câmara municipal, relativamente afastado, mas hoje que ambos estão construídos, é difícil acreditar que não planeou disputar atenções, pelo menos parcialmente, com a Ópera de Oslo, projectada pelo atelier Snøhetta, um edifício que brinca com a nossa percepção, em cujo telhado podemos passear, e que é, desde 2008, um dos cartões-de-visita da capital norueguesa.
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