Kering diz adeus às peles de animais nas colecções de todas as marcas do grupo

A francesa Kering informou que irá deixar de utilizar peles de animais em todas as suas marcas. A partir das colecções do Outono de 2022, nenhuma das casas do grupo utilizará peles, comunicou a empresa.

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O abandono do uso de peles de animais faz parte de uma estratégia maior da Kering Unsplash/Charisse Kenion

“Luxo e sustentabilidade são uma e a mesma coisa.” Esta é a convicção de François-Henri Pinault, presidente e CEO da Kering desde 2005, ainda que a etiqueta tenha sido uma das últimas do grupo a dar o passo de abolir as peles de animais. Entre as marcas que actuam sob o chapéu da Kering, a Gucci anunciou o fim do uso de peles em 2017, seguindo-se a Alexander McQueen, a Balenciaga, a Bottega Veneta, a Brioni e a Yves Saint Laurent.

Apesar do atraso face às últimas, a Kering garante que “a sustentabilidade esteve sempre no centro da estratégia”. “Chegou agora o momento de dar mais um passo em frente, pondo fim à utilização de peles em todas as nossas colecções. O mundo mudou, juntamente com os nossos clientes, e o luxo precisa naturalmente de se adaptar a isso”, explicou Pinault. “Muito mais do que uma necessidade ética, é um motor de inovação e de criação de valor para o grupo, as suas casas e accionistas.”

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Francois-Henri Pinault, aqui ao lado de Salma Hayek, é presidente e CEO da Kering desde 2005 Reuters/REGIS DUVIGNAU

O abandono do uso de peles de animais, além de ter a intenção de alinhar pelo bem-estar de todos os seres vivos, faz parte de uma estratégia maior que, de acordo com a directora de sustentabilidade da Kering, Marie-Claire Daveu, inclui a redução de 40% na pegada ambiental até 2025, além de um corte na emissão de gases com efeito de estufa para metade. 

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