Fugindo de Wes Anderson, reencontrando Asghar Farhadi
Um percurso que começa no “ennui” e no “blasé”, atravessa o pífio e encontra A Hero, um dos grandes da competição.
Pensem num actor “cool”, e de certeza que ele figurará no novo filme de Wes Anderson, The French Dispatch. É um cast de proporções bíblicas. Por isso, em vez das limousines individuais, foi necessário um autocarro para os trazer à gala. Dispensando-nos de os indicar — mas o leitor saberá: pense em actores “cool”… —, avancemos para Ennui-sur-Blasé, uma cidade francesa de ficção em que se publica o tal French Dispatch, cujas páginas são, não por coincidência, iguais às da New Yorker. O filme dará vida — um disparate de se dizer, porque “vida” é algo que não acontece nos filmes de Anderson… — a três histórias que se publicam nas páginas do French Dispatch. É “Ennui” e “blasé” em concentrado, apetece fugir de tanto bom gosto, de tanta réplica miniatural dos cenários do cinema francês dos anos 30…
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