A chic&basic de Barcelona estreia-se em Portugal com o hotel Gravity Porto

Tem seis hotéis em Barcelona, um em Amesterdão e desde 1 de Julho um no Porto: chic&basic abriu o Gravity, um hotel que vira tudo do avesso. Há espelhos que reflectem “até ao infinito”, uma “piscina dobrada” e até os quartos têm sapatilhas Sanjo pregadas ao tecto.

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A "piscina dobrada" do hotel Gravity, no Porto. DR
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Todos os hotéis da chic&basic têm algo de especial: “cada um tem a sua própria personalidade”, garante Jorge Oliveira, director do Gravity, o novo hotel do grupo, inaugurado esta quinta-feira no Porto. Ao entrar nesta unidade hoteleira, situada na rua das Oliveiras, o cliente tem à sua espera um mundo pensado para surpreender: de plantas viradas do avesso, a espelhos que reflectem até ao infinito e letras que parecem suspensas no ar. A ideia é “brincar um bocadinho com alguns elementos”, proporcionando uma experiência imersiva ao cliente, adianta ainda o director, que fala à Fugas durante a azáfama do dia inaugural.

O princípio do grupo, que tem seis hotéis em Barcelona e inicia agora a sua internacionalização por Portugal, é romper com o que Jorge Oliveira designa de hotel “chapa 5”, normalmente revestido de cores neutras e com uma previsibilidade que chega a ser entediante. “Os nossos hotéis têm uma identidade própria e queremos que as pessoas se sintam marcadas depois de passarem algum tempo connosco”, sublinha o responsável pelo Gravity Porto. Com esse pressuposto, o hotel associou-se à marca de calçado portuguesa Sanjo para criar em cada alojamento um efeito surpresa: “cada quarto vai ter um par de sapatilhas pregadas ao tecto, como se tivessem sido lá deixadas por acaso”, explica, divertido, o director.

O dedo do artista catalão Luís Vidal, consultor criativo do grupo, está presente em cada detalhe e de forma particular no pátio do hotel. Aí vai ficar exposta a instalação de uma piscina dobrada de sua autoria, onde as leis de Newton e de Einstein parecem ter sido repelidas por algum efeito electromagnético. Esta zona vai ser um chamariz e a ideia é que no futuro acolha também eventos sociais baseados em conceitos alternativos às iniciativas corporate mais comuns. Nos hotéis de Barcelona, por exemplo, as unidades do grupo já encerraram a actividade hoteleira aos fins-de-semana para organizar exposições nos quartos e outros acontecimentos “fora da caixa”, como a apresentação de marcas e a realização de concertos.

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Hotel Gravity, no Porto. DR

A ideia, contudo, ressalva Jorge Oliveira, é que os clientes “flutuem um bocadinho no espaço”, mas com os pés assentes no chão. Ou seja, sendo chic o Gravity não deixa de ser basic e quer proporcionar tudo aquilo é expectável num hotel quatro estrelas: 70 quartos com máximo conforto e design funcional, um serviço de qualidade, que inclui o bar, um lounge e o restaurante Valentina's, que deverá abrir para clientes e passantes durante os próximos quinze dias. Resulta de uma joint-venture com o grupo Isabella’s e vai apostar essencialmente nos sabores mediterrânicos, com destaque para a cozinha italiana.

A evolução da pandemia (que adiou a abertura do hotel por um ano) é mesmo a variável que subjuga a ciência hoteleira do Gravity às leis do indeterminismo: “Estamos a abrir numa época terrível”, sublinha Jorge Oliveira, apesar de destacar as perspectivas de crescimento do Porto para os próximos anos: há 20 hotéis para abrir até final de 2022, que acrescentarão mais 3 mil camas à capacidade hoteleira existente, segundo as contas do director do Gravity. O grupo chic&basic mantém assim o optimismo: em 2022, o mais tardar em 2023, está prevista a abertura de uma nova unidade em Lisboa e, algures no mesmo ano, de outro empreendimento na Comporta.

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