Abusos sexuais na Igreja portuguesa: um ano depois, quatro queixas e apenas uma investigação aberta

Papa pediu “total transparência” contra os abusos de menores na Igreja, mas, um ano depois de terem sido obrigados a criar comissões de protecção de menores, alguns bispos portugueses continuam a recusar divulgar se receberam queixas. Do encontro deste sábado em Fátima com representante da Santa Sé poderá sair a decisão de compilar as estatísticas a nível nacional.

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Miguel Manso

Um ano passado desde a criação das comissões diocesanas para lidar com eventuais queixas de abuso sexual de menores ou adultos vulneráveis cometidos por membros da Igreja Católica, em Portugal esta instituição continua sem centralizar as estatísticas que ajudariam a perceber a verdadeira dimensão do problema no país. “Seria útil e benéfico termos disponível uma centralização da realidade de cada diocese, até para a promoção de um clima de confiança transversal e capaz de ajudar as potenciais vítimas a abrirem essa página dolorosa das suas vidas”, penitencia-se o bispo Américo Aguiar, coordenador da comissão de protecção de menores do Patriarcado de Lisboa, admitindo que o encontro que reunirá, este sábado, em Fátima, os representantes das diferentes comissões com o membro da Comissão Pontifícia para a tutela dos Menores da Santa Sé, o jesuíta alemão Hans Zollner, possa “abrir caminho a que se vá por aí”, até para ajudar a consolidar “o sentimento de efectividade” na reacção da Igreja aos abusos.

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