Costa acredita haver condições para aprovar os primeiros PRR até Julho, entre eles o português
Primeiro-ministro visitou a 55ª Capital do Móvel, uma feira que este ano se realiza em Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes.
O primeiro-ministro, António Costa, esteve nesta manhã na abertura da 55.ª feira Capital do Móvel, e dedicou um curto discurso à importância do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a retoma económica das empresas e do país. “É uma espécie de trampolim para dar o salto em frente”, disse o governante.
“Agora que já estamos em fase avançada de vacinação e que podemos olhar com mais confiança para controlo da pandemia, temos de olhar para recuperação económica do país e isso não é só chegar ao que tínhamos em 2019. Temos de recuperar o tempo perdido e de ir mais além”, desafiou António Costa, dizendo que Portugal tem de “chegar a 2026 melhor do que estaria se não existisse” o PRR (cujo prazo de execução termina nesse ano).
"Estamos num ponto de viragem. Acredito que há condições para ainda na presidência portuguesa da União Europeia termos os primeiros PRR aprovados e esperamos que entre eles esteja o de Portugal”, assumiu Costa na sua declaração, na abertura da feira, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
O primeiro-ministro enumerou depois uma série de verbas que estão contidas no PRR e que terão de ser gastas pelas empresas. “Gastar significa investir. O PRR mobiliza apoios em áreas fundamentais para empresas”, explicou, dando exemplos:
- 1500 milhões de euros para a capitalização das empresas através do Banco de Fomento;
- 650 milhões de euros para a adaptação das empresas à transição digital;
- 1500 milhões de euros para investir na modernização do sistema de formação, reconversão e requalificação profissional;
- 200 milhões de euros para associar a actividade industrial à produção de conhecimento (universidades e laboratórios) e certificação.
“É altura de nos concentramos no programa, prepararmos as candidaturas, porque vamos ter muitíssimo pouco tempo para o executar. Não fiquem parados, estas verbas que eu referi não podem mesmo ser utilizadas pela Administração Pública, ou são pelas empresas ou são perdidas”, avisou o primeiro-ministro.
António Costa explicou ainda que o PRR funciona como “um poderoso instrumento” que acrescenta verbas às do PT2030 (5000 milhões) e do Compete (4700 milhões). Mas, alertou, são verbas que se concentram “num período curto, todos os cêntimos têm de ser gastos até final de 2026”.
O primeiro-ministro defendeu que, como a pandemia deixou bem claro, ninguém pode ser deixado para trás. “Não podemos ter dois países, o país do futuro e o que ficou para trás. Temos de avançar solidariamente. Como nos mostrou a pandemia, de nada nos serviria protegermo-nos a nós próprios se não estivéssemos todos protegidos”.
Finalmente, António Costa repetiu o que tem dito sobre o PRR. “Esta é mesmo uma oportunidade única. Temos a obrigação de voltar onde estávamos, mas irmos mais além do que teríamos ido se não houvesse este plano” que é “uma espécie de trampolim para dar o salto em frente”.