Obras de arte apreendidas em operação europeia. PJ deteve quatro pessoas

Na operação, que decorreu em 31 países europeus, foram aprendidas uma pintura de Almada Negreiros, uma pintura do Diogo Contreiras (1500-1560) e foi ainda recuperado um painel de azulejos do século XVII A Adoração dos Pastores, que tinha sido furtado de uma capela privada.

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Painel de azulejos do século XVII "A adoração dos pastores": PJ recupera mil azulejos furtados em quinta da Várzea de Sintra (com detenção de três suspeitos) cortesia PJ
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Pintura em madeira (139x90cm) do mestre Diogo Contreiras (1500-1560) cortesia PJ
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Recuperado quadro de Almada Negreiros cortesia PJ

A Polícia Judiciária (PJ) deteve quatro pessoas e apreendeu património cultural num valor de 150 mil euros, nomeadamente uma pintura de Almada Negreiros, num conjunto de acções integradas na Operação Pandora V, de âmbito europeu, foi esta terça-feira divulgado.

Em comunicado, a PJ refere que as acções integradas na Operação Pandora V, coordenada pela Europol e dirigida ao combate à actividade criminosa de furto, tráfico e viciação de obras de arte e bens culturais, decorreram no ano passado em 31 países europeus.

Além da pintura de Almada Negreiros, foi apreendido um documento peruano do século XVI e uma pintura em madeira (139cmx90cm) do mestre Diogo Contreiras (1500-1560) — autor de importantes obras da arte portuguesa como os retábulos da Colegiada de Ourém, da Igreja de Santa Catarina, nas Caldas da Rainha, e do Mosteiro de S. Bento de Cástris, em Évora — e foi ainda recuperado um painel de azulejos do século XVII, A Adoração dos Pastores, que tinha sido furtado de uma capela privada.

Ao longo da operação foram feitas diversas apreensões em alguns dos países envolvidos.

“No cumprimento das suas competências reservadas, a Polícia Judiciária irá prosseguir as investigações necessárias nos diversos inquéritos criados, com vista ao esclarecimento da mencionada actividade delituosa no nosso país”, refere a nota da PJ.

Segundo a Europol, no total, foram apreendidos mais de 56.400 bens culturais e detidas 67 pessoas. Entre o património apreendido encontram-se objectos arqueológicos, móveis, moedas, pinturas, instrumentos musicais e esculturas.

Foram igualmente feitas dezenas de milhares de verificações e inspecções em diversos aeroportos, portos, pontos de passagem de fronteira, bem como em casas de leilão, museus e residências particulares, que resultaram na abertura de mais de 300 investigações.