Juiz volta a dar razão a Meghan no caso contra tablóide britânico
O tribunal deu razão à duquesa de Sussex num processo de direitos de autor contra o Mail on Sunday. Em causa estava uma carta enviada pela ex-actriz ao pai.
Depois de ter ganhado parte do processo contra o jornal Mail on Sunday, em Fevereiro, acusado de devassa da vida privada por ter revelado excertos de uma carta que escreveu a seu pai, Meghan Markle vê agora reconhecido o restante da sua reivindicação pelo juiz Mark Warby.
Em causa estava uma carta de cinco páginas enviada pela ex-actriz ao pai, depois de a relação entre ambos ter colapsado, nas vésperas do seu casamento com Harry, em Maio de 2018, ao qual o seu progenitor faltou devido a uma doença e depois de ter posado para fotografias atribuídas a um paparazzo.
Na altura, o jornal acusado argumentava que a duquesa de Sussex pretendia que o conteúdo da carta se tornasse público, e que esta fazia parte, na verdade, de uma estratégia de marketing, uma vez que Meghan tinha trabalhado nela em rascunhos electrónicos com o seu secretário de comunicações Jason Knauf. Isto significava que tanto Knauf como a Coroa poderiam ter direitos de autor sobre a carta. No entanto, nem a rainha Isabel II nem o antigo funcionário real reclamaram a propriedade da mesma e, numa audiência remota, esta quarta-feira, no Supremo Tribunal de Londres, o juiz emitiu uma sentença sobre o caso a favor de Meghan.
A equipa jurídica de Meghan alegou que Knauf confirmou através dos seus advogados que não redigiu a carta nem afirmou alguma vez tê-lo feito. “Na opinião do nosso cliente, era uma carta apenas da duquesa”, escreveram os representantes do funcionário, que terá somente sugerido a inclusão de uma referência à saúde de Markle no texto, confirmou o advogado de Meghan, Ian Mill, ao tribunal.
Warby, que tinha inicialmente concedido à ex-actriz 90% dos custos legais relacionados com o seu julgamento de Fevereiro, deliberou ainda que o Mail on Sunday deveria cobrir os outros 10%, bem como outros custos relacionados com a “questão da propriedade”.