Carta aberta às mães
No próximo domingo, 2 de Maio, é Dia da Mãe. Esta carta é para todas as mães.
A nossa carta de hoje é para todas as
Mães que imploram que os filhos vistam um casaquinho, porque elas estão com frio.
Mães que mandam assertivamente os filhos para a cama, mas que deliram quando a meio da noite os descobrem quentinhos na sua.
Mães que juram que os não vão deixar comer nem mais um chocolate, mas depois fingem que não reparam nos papéis do Kinder no chão da dispensa.
Mães que, no supermercado, sem sequer olharem para o que os filhos tiraram da prateleira, dizem: “Volta a pôr isso no sítio, nem penses que to vou comprar!...”
Mães que mantêm uma cara séria quando se estão a rir para dentro do disparate que apanharam.
Mães que se orgulham de serem superdescontraídas, até ao momento em que as pernas lhes começam a tremer como varas verdes porque caíram da bicicleta.
Mães que se perderam de si mesmas, porque estão tão absorvidas pelos filhos.
E às que já se encontraram de novo como mulheres.
Mães exigentes e mães compreensivas.
Mães que sentem vontade de correr com os filhos de casa; e também as que não aguentam separar-se deles.
Mães que não têm os filhos perto delas.
Mães que sentem o filho no coração, mas não o conseguem ter no corpo.
Mães que ainda cá estão, e mães que já partiram.
Bom Dia da Mãe.
No Birras de Mãe, uma avó/mãe (e também sogra) e uma mãe/filha, logo de quatro filhos, separadas pela quarentena, vão diariamente escrever-se, para falar dos medos, irritações, perplexidade, raivas, mal-entendidos, mas também da sensação de perfeita comunhão que — ocasionalmente! — as invade. Na esperança de que quem as leia, mãe ou avó, sinta que é de si que falam. Facebook e Instagram.