Cinco pessoas estão acusadas no caso do roubo violento de dois buldogues franceses pertencentes à estrela pop Lady Gaga e do tiroteio do homem que passeava os cães em Hollywood no início deste ano, informaram as autoridades na quinta-feira.
Quatro dos cinco suspeitos eram membros conhecidos de gangues, enquanto o quinto era a mulher que relatou ter encontrado os dois cães e os devolveu em segurança depois de ter sido oferecida uma recompensa, disse o Departamento de Polícia de Los Angeles.
Os dois buldogues franceses, Koji e Gustav, foram entregues são e salvos numa esquadra de Los Angeles, a 26 de Fevereiro, e entregues aos representantes da artista dois dias depois de terem sido raptados, num assalto à mão armada, por dois homens de carro.
O passeador de cães que foi abordado, Ryan Fischer, de 30 anos de idade, foi baleado no peito por um dos suspeitos, mas sobreviveu. Um terceiro buldogue, a cadela Miss Asia, escapou aos criminosos, tendo sido encontrada e resgatada pelas autoridades, depois de ter feito companhia ao homem baleado.
Numa entrevista dias depois, Fischer disse que tinha estado “muito perto da morte”, recordando os momentos de aflição vividos e a importância de Miss Asia, que regressou ao local e ficou ao seu lado.
Lady Gaga, que estava em trabalho em Roma quando os seus animais de estimação foram levados, lançou um apelo público nas suas redes sociais para que houvesse um “acto de bondade” e ofereceu uma recompensa de meio milhão de dólares (409.252€, ao câmbio da altura).
A polícia de Los Angeles disse, na quinta-feira, que os detectives não acreditam que os suspeitos tivessem Fischer na mira, mas antes os cães por causa da sua proprietária. “As provas sugerem que os suspeitos conheciam o grande valor da raça de cães e essa era a motivação para o roubo”, lê-se na declaração. Apesar de a sua criação ser difícil, o buldogue francês é uma raça muito procurada e, na Califórnia, comercializa-se por valores entre os 5500 e os 10.000 dólares (de 4547 a 8270 euros).
Três pessoas (James Jackson, 18 anos, Jaylin White, 19, e Lafayette Whaley, 27 anos) foram acusadas de tentativa de homicídio, conspiração para cometer roubo e roubo de segundo grau. Jackson, o atirador, foi ainda acusado de agressão e de crime com armas, segundo a Procuradoria Distrital de Los Angeles.
A mulher que afirmou ter encontrado os cães, Jennifer McBride, de 50 anos, e um quinto arguido, Harold White, 40, foram acusados de serem cúmplices após o facto. Jennifer McBride foi também acusada de receber bens roubados, enquanto White foi ainda acusado de posse ilegal de arma de fogo, disseram os procuradores.
“Este foi um crime de rua descarado que deixou um homem gravemente ferido”, disse o procurador do Distrito, George Gascón, numa declaração. “Temos acusações muito graves neste caso e temos fé de que a justiça será devidamente feita à medida que este caso se desenrolar em tribunal.”
Os cinco arguidos declararam-se inocentes, na tarde de quinta-feira, e foram ordenados a regressar ao tribunal a 11 de Maio.
Jackson foi detido com uma caução de três milhões, enquanto a fiança para Jaylin White e Whaley foi fixada em um milhão cada. A fiança de McBride foi fixada em dez mil dólares e foi-lhe ordenado que se submetesse a vigilância electrónica sob prisão domiciliária. A fiança de Harold White foi fixada em 35 mil dólares.