Israel vai deixar de ter obrigatoriedade de uso de máscara no exterior

Campanha de vacinação do Estado hebraico já permitiu vacinar mais de metade da população com as duas doses necessárias contra a covid-19.

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Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu Reuters/AMMAR AWAD

As autoridades israelitas anunciaram esta quinta-feira que a partir do próximo domingo acabará a obrigatoriedade de uso de máscara no exterior, medida no quadro do levantamento progressivo das restrições ligadas à pandemia de covid-19.

Na primavera de 2020, o Estado hebraico foi um dos primeiros países a impor o uso de máscara sanitária em locais públicos, mas a situação mudou nas últimas semanas graças a uma vasta campanha de vacinação que permitiu que as duas doses necessárias da vacina Pfizer-BioNTech fossem administradas a mais de metade (53%) dos seus 9,3 milhões de habitantes.

“As máscaras são usadas para nos proteger da pandemia do novo coronavírus. Mas, como os especialistas concluíram que a máscara não era necessária ao ar livre, decidi retirar [a obrigação de usar] a máscara”, afirmou a ministra da Saúde israelita, Yuli Edelstein.

“A taxa de infecção é muito baixa em Israel devido ao sucesso da campanha de vacinação e, por isso, é possível flexibilizar as medidas”, acrescentou, especificando, porém, que a máscara permanece obrigatória em locais públicos fechados, como, por exemplo, em centros comerciais.

Em fins de Dezembro de 2020, Israel lançou uma vasta campanha de vacinação depois de um acordo com a gigante farmacêutica norte-americana Pfizer, que rapidamente distribuiu milhões de doses em troca de informações sobre os efeitos da vacinação, uma vez que o país possui bancos de dados sobre o histórico médico da sua população. 

O Estado hebraico registou um pico de novos casos em meados de Janeiro, atingindo as cerca de 10 mil infecções diárias, mas os números já passaram para menos de 200 nos últimos dias, com uma taxa de positividade do teste de 0,3%.

Israel e a Pfizer “provaram que a pandemia de covid-19 pode ser derrotada com uma campanha de vacinação em massa”, disse quarta-feira Albert Bourla, CEO da gigante farmacêutica num discurso transmitido por vídeo por ocasião das comemorações do 73.º aniversário (segundo o calendário judaico) da independência de Israel, em que milhares de pessoas, muitas delas sem máscaras, se reuniram em Jerusalém. 

Essa queda de novos casos de infecção permitiu às autoridades reabrir restaurantes, bares e praias no início de Março. 

Ainda na quarta-feira, o Governo divulgou um plano para permitir a entrada no país a turistas estrangeiros vacinados a partir de 23 de Maio, mais de um ano após ter encerrado as fronteiras.