Novo método para ler “etiquetas” com instruções genéticas em milhares de células

Investigador português coordena trabalho que resultou num inovador método de análise das células capaz de ler as instruções sobre os genes necessárias para diferentes funções e que pode ser aplicado a qualquer tecido ou órgão. A técnica permite examinar dezenas de milhares de células únicas ao mesmo tempo.

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As histonas ligam-se ao ADN com diferentes versões como se fossem "etiquetas" que dizem quais os genes que estão ligados ou desligados. Amagoia Agirre
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As histonas ligam-se ao ADN com diferentes versões como se fossem "etiquetas" que dizem quais os genes que estão ligados ou desligados. Amagoia Agirre

Todas as células do nosso corpo têm o nosso ADN. No entanto, desempenham papéis muito diferentes, interpretando e executando a mesma informação genética das mais variadas maneiras. Um neurónio e uma célula da pele, por exemplo, não lêem o ADN da mesma maneira e expressam genes diferentes. Entre outros meios usados para esta complexa tarefa, existem umas pequenas proteínas (chamadas histonas) que funcionam como uma espécie de “etiqueta” e que servem para marcar os genes que devem ser activados (ou desactivados) nos locais certos e na hora certa. Uma equipa do Instituto Karolinska, na Suécia, onde trabalha o cientista português Gonçalo Castelo Branco, desenvolveu uma técnica que permite analisar as diferentes versões de “etiquetas” que se ligam ao ADN em dezenas de milhares de células ao mesmo tempo.

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