Senhora da Rosa: novo hotel dos Açores nasce entre plantações de ananases e bananeiras

Adiado por um ano devido à pandemia, o Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel abre portas a 16 de Abril numa quinta centenária de São Miguel. Entre as singularidades do novo projecto hoteleiro contam-se um tanque para mergulhos numa estufa de ananases ou os “novos” cafuões para dormir entre bananeiras.

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Os dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, recriam os antigos cafuões açorianos DR
Senhora da Rosa, Tradição
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Os dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, recriam os antigos cafuões açorianos DR
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Há ainda 33 quartos no edifício principal da quinta centenária DR
Senhora da Rosa, Tradição
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Há ainda 33 quartos no edifício principal da quinta centenária DR
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No restaurante Magma serve-se uma “cozinha do Atlântico com raízes açorianas” DR
,Restaurante
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No restaurante Magma serve-se uma “cozinha do Atlântico com raízes açorianas” DR
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No restaurante Magma serve-se uma “cozinha do Atlântico com raízes açorianas” DR
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Em Junho, no topo do edifício principal, nasce o rooftop Mirante DR
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O Senhora da Rosa está instalado numa quinta do século XVIII DR
,Praia do Pópulo
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A comunhão com a natureza envolvente acompanhou todo o plano de restruturação do espaço DR
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São mais de três hectares de propriedade DR
,Ponta Delgada
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Integra ainda spa, piscina exterior, hortas e duas estufas de ananases DR
,Sala
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Depois de ter sido adiada por um ano, tem abertura marcada para 16 de Abril DR

As recordações do tempo em que passavam tardes a correr pela quinta, a construir casas de madeira e a subir às árvores para apanharem os frutos ainda estão vivas na memória de Joana Damião Melo e do irmão Miguel. Lembram-se de ouvir a avó tocar o sino para chamá-los para o lanche. São eles, juntamente com José Pedro Sousa, que constituem a sociedade por trás do novo projecto hoteleiro da ilha de São Miguel, nos Açores, erguido numa quinta do século XVIII, na família há várias gerações.

À Fugas, Joana confessa estar “muito feliz por, ao fim de um ano, conseguir finalmente abrir”. No início do ano passado, estava tudo a postos para abrir portas em Abril, quando a pandemia veio trocar-lhes as voltas e adiar por 12 longos meses a inauguração. Agora que mais nenhum obstáculo inesperado se coloque no caminho: o Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel nasce a 16 de Abril.

A quinta, contam em comunicado, chegou a “ser conhecida pelas laranjas que produzia”, até que uma praga veio dizimar toda a produção na ilha, obrigando a propriedade a voltar-se para a plantação de ananás. É na Fajã de Baixo, ainda no concelho de Ponta Delgada, entre estufas de ananases, que se situa o novo hotel, “um oásis quatro estrelas superior”. Em 1994, os pais de Joana e Miguel abriram uma estalagem na quinta, encerrada há dez anos. O Senhora da Rosa recupera agora esse legado, aliando modernidade e tradição, com a natureza e a sustentabilidade como pilares do projecto.

A comunhão com a natureza envolvente é óbvia, e acompanhou todo o plano de restruturação do espaço, que não omite os vestígios de outros tempos e vivências na quinta. As memórias estão lá, tal como as tradições, que fazem deste um projecto tão singular”, lê-se em comunicado.

Os dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, recriam os antigos cafuões açorianos DR
Os dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, recriam os antigos cafuões açorianos DR
Os dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, recriam os antigos cafuões açorianos DR
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Os dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, recriam os antigos cafuões açorianos DR

Entre os mais de três hectares da propriedade, contam-se 35 quartos, incluindo dois Tranquility Garden Lodges, instalados no meio da quinta, e que recriam os antigos cafuões açorianos onde os cereais eram armazenados, “estruturas de madeira elevadas do solo a que os ratos não conseguiam chegar”. São agora quartos com casa de banho, zona de estar e um terraço com banheira ao ar livre rodeado por bananeiras.

Já os quartos do edifício principal têm todos uma fotografia da ilha de São Miguel sobre a parede de cabeceira da cama, da autoria de vários fotógrafos, incluindo João Moniz, Paulo Goulart ou o próprio Miguel Damião. A decoração de cada espaço é da responsabilidade da decoradora de interiores Lili Damião, mãe de Joana e Miguel, que “deixou as plantas invadirem o hotel”, aliou móveis antigos e contemporâneos e decidiu recuperar várias peças “caídas em desuso como elementos decorativos”.

A unidade hoteleira integra também o restaurante Magma, liderado pelo chef João Alves (com passagem pelas cozinhas dos resorts Penha Longa e Pine Cliffs, entre outras), com capacidade para 55 pessoas e uma esplanada semicoberta. Na carta, serve-se uma “cozinha do Atlântico com raízes açorianas”, incluindo os produtos das hortas da propriedade, ingredientes de produtores locais e iguarias regionais, como a pimenta da terra, o chá, os queijos, as conservas ou o peixe, além de “algumas referências da carta que fazia sucesso nos tempos da estalagem”, reinterpretados pelo chef.

Há ainda 33 quartos no edifício principal da quinta centenária DR
Há ainda 33 quartos no edifício principal da quinta centenária DR
Há ainda 33 quartos no edifício principal da quinta centenária DR
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Há ainda 33 quartos no edifício principal da quinta centenária DR

Em Junho, no topo do edifício principal, nasce ainda o Mirante, um rooftop com “uma vista privilegiada sobre a ilha”, “sabores dos quatro cantos do mundo” e cocktails que prometem “honrar ao máximo aquilo que as ilhas oferecem”.

Já o spa Musgo, encaixado num desnível do terreno, sob a nova piscina exterior, conta com quatro salas de tratamento, terraço, sala de relaxamento, banho turco, sauna e um estúdio para aulas de ioga e de pilates. Cerca de 80% dos tratamentos realizados no novo spa, acrescenta o comunicado, “são feitos com óleos essenciais provenientes de matéria-prima da quinta ou da ilha, respeitando as estações”, e produtos da Scens, uma marca orgânica e vegana.

O projecto integra ainda duas estufas de produção de ananás – e numa delas será possível dar um mergulho num tanque de água aquecida entre fileiras de frutos; um campo de padel, um “tanque de refrescamento”, uma loja de produtos açorianos, duas salas de reuniões e eventos, um centro interpretativo “onde se poderá viajar no tempo e na história do local”, um kids club, e uma capela do século XIX, aberta a visitas e celebrações religiosas.

A comunhão com a natureza envolvente acompanhou todo o plano de restruturação do espaço DR
A comunhão com a natureza envolvente acompanhou todo o plano de restruturação do espaço DR
A comunhão com a natureza envolvente acompanhou todo o plano de restruturação do espaço DR
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A comunhão com a natureza envolvente acompanhou todo o plano de restruturação do espaço DR

É ainda de destacar o posicionamento de consciência ambiental do Senhora da Rosa. Cerca de 60% da energia consumida provém de painéis solares e fotovoltaicos, conta com três zonas de compostagem, bombas de calor e tanques de reaproveitamento de águas pluviais para utilização na rega das hortas, “cuja grande variedade de árvores de frutos e ervas aromáticas abastece o consumo interno”.

Já as amenities são produzidas por uma saboaria local com matéria-prima da quinta, à base de laranja, limão, banana ou castanha (dependendo da época), e chegam ao cliente sob a forma de champô sólido, creme de corpo e sabonete em barra, sem recurso a plástico e reduzindo a produção de lixo. Em breve, haverá ainda um posto duplo de abastecimento para carros eléctricos.

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