Britney Spears pronunciou-se, pela primeira vez, sobre o documentário do New York Times, que retrata a decadência da carreira da cantora, assim como a polémica que rodeia o pai, o seu tutor legal. Numa publicação, no Instagram, a artista confessa ter chorado durante “duas semanas”, depois de ver partes de Framing Britney Spears.
A cantora de “Baby One More Time” não viu todo o documentário sobre a sua vida, mas as partes que viu deixaram-na de rastos. Na legenda de um vídeo — em que dançava a música “Crazy” dos Aerosmith — partilhado no Instagram, Britney Spears confessou que “chorou duas semanas”, depois de ver o documentário: “Chorei duas semanas e, bem, ainda choro às vezes. Faço o que posso na minha espiritualidade e tento manter a minha alegria, o amor e felicidade.”
“Toda a minha vida tem sido sempre muito especulada, vista e julgada… mesmo a minha vida toda”, escreveu a cantora, esta terça-feira, aos 29 milhões de seguidores. É precisamente dessa “vida toda” que fala o documentário Framing Britney Spears, que estreou durante o mês de Fevereiro. Além de retratar a ascensão da carreira da jovem pop-star, também aborda a sua saúde mental e as tentativas desta para que o pai, Jamie Spears, deixe de ser o seu tutor legal e de estar em controlo de todos os negócios.
Na mesma publicação, Britney Spears salientou que, “apesar de o mundo continuar a rodar e a vida continuar”, continuamos “frágeis e sensíveis”. “É preciso muita força para confiar no universo com a minha própria vulnerabilidade, porque sempre fui muito julgada, insultada e envergonhada pela imprensa… e ainda hoje sou”, lamentou a princesa do pop. “Não estou aqui para ser perfeita. Perfeito é maçador. Estou aqui para passar bondade”, concluiu.
Das reacções ao documentário do New York Times, destaca-se a de Justin Timberlake que, após anos em silêncio, pediu desculpas publicamente à ex-namorada. Britney Spears e o cantor estiveram juntos durante três anos, no início dos anos 2000. Timberlake tem sido, desde então, criticado pela forma como beneficiou com o término da relação — a canção “Cry Me a River”, lançada pouco depois, sugeria que Spears o tinha traído. Timberlake culpou a cultura machista da indústria da música pelas suas atitudes.
Recorde-se que Jamie Spears foi nomeado tutor em 2008, depois de Britney Spears ter sido hospitalizada para tratamento psiquiátrico após um esgotamento nervoso. No ano passado, a cantora de 39 anos deixou claro por meio do seu advogado, que não quer que o seu pai, continue envolvido nos seus negócios. Um apelo, em Agosto passado, acabou por fracassar, mantendo-se o progenitor à frente dos assuntos pessoais e profissionais da filha por mais um ano.
Em Abril, os advogados da artista vão pedir novamente ao tribunal de Los Angeles para substituir Jamie Spears por Jodi Montgomery, que em 2019 foi nomeada conservadora temporária para os assuntos pessoais da cantora. O advogado de Spears já disse anteriormente que a artista tem medo do pai e que não voltará aos palcos — de onde está ausente desde 2018 — enquanto for ele o responsável pela sua tutela.