O teatro está a abraçar o online — e quer que ele seja “um novo palco”
Em Março de 2020, os teatros saltaram para a Internet porque não podiam estar noutro sítio; em Março de 2021, já vemos espectáculos e outros conteúdos artísticos pensados especificamente para os desafios e as possibilidades do streaming. No Dia Mundial do Teatro, o PÚBLICO ouve criadores que tiveram de transpor as suas peças para as plataformas digitais e instituições que querem encarar o online como um “palco coadjuvante”.
Há um ano, os teatros fecharam as portas e atiraram os palcos para os nossos ecrãs. Para criadores e instituições, o primeiro confinamento foi sinónimo de descobrir no online outras formas de resistência, de encontrar a proximidade possível no distanciamento. Companhias desenterraram parte do seu arquivo, equipamentos desenvolveram conteúdos alternativos para as plataformas digitais, uns mais rudimentares do que outros. Transmitiram-se espectáculos via lives nas redes sociais. A reacção, para o público e para os próprios artistas, foi quase consensual: o streaming não substituía a experiência física — não era suposto sequer tentar aspirar a tal —, mas era melhor do que nada.
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