Nasceu em 1947, no final da Primavera, e a madrinha decidiu chamar-lhe Januário, como se tal nome pudesse servir a uma criança. A família, espanhola e republicana, decidida a fugir ao franquismo e pouco disposta a engrossar as listas de desaparecidos que marcaram o regime do generalíssimo, refugiou-se em Portugal. E foi assim que ele se fez português e que um dia, quase sem saber como, se viu dentro de um barco com destino a Moçambique.
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