Manifestantes invadem palácio presidencial do Iémen

Protestos contra a situação económica precária do país, que está no meio de uma guerra há seis anos. Entre os manifestantes estão membros das forças de segurança que não recebem salário há nove meses.

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Um membro das forças de segurança iemenita no aeroporto de Áden: tropas do governo não recebem há nove meses Reuters/FAWAZ SALMAN

O palácio presidencial de Maasheeqa, em Áden, foi invadido por manifestantes esta terça-feira, na sequência de um protesto contra a situação económica precária que se vive no Iémen. Segundo funcionários iemenitas, o primeiro-ministro, Maeen Abdulmalik, e outros membros do governo ficaram retidos dentro do edifício.

Fontes citadas pela Reuters afirmam que os manifestantes protestam por causa das más condições de vida, a carência de serviços, situação que se tem agravado desde 2014, depois do surgimento dos rebeldes huthis que levaram a uma guerra civil, potenciada pelo apoio de potências estrangeiras, como a Arábia Saudita e o Irão.

Alguns dos participantes nos protestos são membros das forças de segurança nacional, que exigem o pagamento dos nove meses de salários em atraso no sector público.

“Os protestos têm sido pacíficos até agora” e algum tipo “de mediação” com os manifestantes está a ser feita, disse Jamal Elshayyal, correspondente da Al-Jazeera.

O palácio serve de sede ao Governo apoiado pela Arábia Saudita e está protegido por tropas sauditas, mas estas não se opuseram à entrada dos manifestantes.

A guerra no Iémen já provocou mais de 233 mil mortos, segundo a ONU, e deixou 80% da população do país a depender da ajuda humanitária para sobreviver. A fome é uma constante diária e as Nações Unidas classificaram a situação no Iémen como a "maior desastre humanitário do mundo"

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