Costa avisa que reabertura será revista se índice de transmissibilidade ultrapassar 1
Portugal regista 105 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, estando “claramente abaixo” da linha de risco cujo máximo seria 240.
O primeiro-ministro avisou esta quinta-feira que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o índice de transmissibilidade ultrapasse o 1.
No final do Conselho de Ministros que esteve desde esta quinta-feira de manhã reunido para aprovar um plano do Governo de desconfinamento do país devido à pandemia de covid-19, António Costa salientou que este processo de reabertura será “gradual e está sujeito sempre a uma reavaliação quinzenal de acordo com a avaliação de risco” adoptada.
“Essa avaliação de risco tem por base dois critérios fundamentais consensualizados entre os diferentes especialistas: por um lado, o número de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias e, por por outro lado, a taxa de transmissibilidade, medida através do famoso Rt”.
Assim, o chefe de Estado avisou que as medidas terão que ser revistas sempre que Portugal ultrapassar “o número de 120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias ou sempre que o nível de transmissibilidade ultrapasse o 1”.
Portugal com 105 novos casos por 100 mil habitantes
O primeiro-ministro anunciou ainda esta quinta-feira que Portugal regista 105 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, sublinhando estar “claramente abaixo” da linha de risco cujo máximo seria 240.
“Os dados são muito claros: estamos hoje felizmente abaixo do número de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias — claramente abaixo — da linha de risco que todos os especialistas consensualizaram como aceitável. Temos um número de 105 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias”, afirmou António Costa, na apresentação do plano de desconfinamento, que se começa a materializar na próxima segunda-feira.
No entanto, o líder do Governo reiterou a mensagem de uma “reabertura cautelosa”, ao comparar os números actuais com outros momentos importantes da pandemia ao longo do último ano, nomeadamente com o fim do primeiro confinamento, a 4 de Maio de 2020.
“Se hoje estamos muito melhor do que há duas semanas, continuamos a estar numa situação pior do que a 11 de Setembro [64,1 casos por 100 mil habitantes a 14 dias], quando declarámos o primeiro estado de contingência, e 4 de Maio [45,4 casos por 100 mil habitantes a 14 dias], com o fim do primeiro confinamento”, frisou.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.