Na Geórgia de Berlim, a vida é feita de pequenos nadas

Se a Berlinale 2021 não se esqueceu de falar do tema, é da Geórgia que vem um dos momentos mais mágicos da competição: What Do We See When We Look at the Sky?, encantadora comédia romântica em câmara lenta.

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"What Do We See When We Look at the Sky?", segunda longa-metragem do georgiano radicado em Berlim Alexandre Koberidze
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A entrada competitiva 2021 iraniana é "Ballad of a White Cow": misoginia e violência psicológica sobre as mulheres
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Bence Fliegauf (Prémio do Júri em Berlim 2012 com "Apenas o Vento") faz uma “auto-sequela” com "Forest – I See You Everywhere"

De vez em quando, convirá não esquecer que Berlim tem 70 anos de vida como um festival de cinema “do tema”, é daquelas coisas que transcendem o contracto de uma direcção, faz quase parte do seu ADN. Nem por acaso, lembremos que o ano passado, em que Dieter Kosslick passou o testemunho a Mariette Rissenbaek e Carlo Chatrian, foi o filme contra a pena de morte do iraniano Mohammad Rasoulof, O Mal Não Existe, a vencer o Urso de Ouro. E, sem surpresas, este ano Berlim não perdeu o seu gosto pelo tema nem pelo Irão, sobretudo se levarmos em conta que O Mal Não Existe seguiu-se a prémios máximos para Jafar Panahi (Táxi, 2015)e Asghar Farhadi (Uma Separação, 2011, também Óscar de melhor filme estrangeiro)

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