Viana do Castelo abre Parque Ecológico Urbano ao público em Junho
Mais de uma década depois da inaguração, o parque vai abrir ao público em geral e não apenas a grupos em visitas guiadas, como até agora. São cerca de 20 hectares para recreio e lazer, actividades de educação ambiental e conservação da natureza.
O Parque Ecológico Urbano de Viana do Castelo abre no Dia Mundial do Ambiente, a 5 de Junho, após 13 anos de sucessivos adiamentos, anunciou esta quinta-feira o vereador do ambiente da autarquia.
Ricardo Carvalhido, que respondia à interpelação da vereadora da CDU, Cláudia Marinho, no período antes da ordem do dia da reunião camarária, explicou que o parque esteve para abrir na mesma data de 2020, mas a “imprevisibilidade” da pandemia de covid-19 impediu esse objectivo.
“Este ano, estamos a prever para essa altura a retomada de alguma normalidade após esta crise sanitária que se abateu sobre todos”, referiu.
O vereador do Ambiente adiantou que “estão a ser ultimadas as questões relacionadas com a segurança, da sinalética e do plano de actividades que vai ser disponibilizado ao público, nomeadamente, aos fins-de-semana”, sendo que “durante a semana a oferta será proporcionada, essencialmente, por meios próprios da Câmara”.
Ricardo Carvalhido adiantou que o último ano foi “aproveitado para melhorar ainda mais as infra-estruturas” do parque, apontando como exemplos “a reposição de quatro quilómetros de caminhos existentes no interior do parque e o sistema de escoamento de águas pluviais”.
“Já podíamos ter aberto o parque há muito, mas queremos que essa abertura seja pautada pela excelência. E é isso que irá acontecer. Vamos ficar todos muito orgulhosos com aquela infra-estrutura”, referiu.
Com cerca de 20 hectares, o Parque Ecológico Urbano de Viana do Castelo (PEUVC) foi inaugurado em Março de 2008 e, desde então, recebe apenas visitas guiadas para grupos, restrição contestada há anos, quer pelos partidos da oposição quer pela população local.
A maioria socialista na autarquia tem justificado aquele modelo com a necessidade de consolidação e protecção do parque.
Situado junto ao rio Lima, na zona da caldeira de marés das antigas Azenhas Dom Prior, aquele parque é uma das obras emblemáticas do Programa Polis, que investiu dois milhões de euros na recuperação daquela área. O regulamento daquele espaço foi aprovado em 2020.
O PEUVC “é um espaço dedicado ao recreio e lazer, e a actividades de educação ambiental, e de investigação científica e conservação da natureza, integrado no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA)”.
O regulamento refere que espaço funcionará “de terça-feira a domingo”, o entre “21 de Setembro e 20 de Março e entre 21 de Março a 20 de Setembro”.
Naquele documento, a autarquia da capital de distrito define que o acesso ao PEUVC “poderá estar sujeito ao pagamento de uma tarifa cujo valor é fixado pela Câmara.
Os utilizadores “poderão ser distinguidos por categorias, entre elas a de Público, Amigo do Parque ou de Empresa Amiga, destinada a todas as entidades colectivas que contribuam com um donativo ou que patrocinem actividades, eventos específicos ou acções de melhoria do PEUVC”.
É ainda criada a figura do “Benfeitor” do PEUVC, para distinguir “toda a pessoa singular que contribuir com um donativo”.
O PEUVC integra a Rede Portuguesa de Estações da Biodiversidade e é o primeiro Parque de Halófitas em Portugal.
Recebeu o Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista, na categoria de Parques e Jardins, em 2009, cujo projecto é da autoria da arquitecta Ana Barroco.
Em 2011, recebeu uma menção honrosa na categoria de Melhor Serviço de Extensão Cultural dos Prémios APOM 2011, atribuídos pela Associação Portuguesa de Museologia.
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