Tudo se terá passado durante as filmagens de O Homem Que Matou D. Quixote, filme cujo enredo vai para lá da tela, com uma disputa jurídica sobre os direitos da longa-metragem que opôs Paulo Branco e a sua produtora Alfama Films às produtoras Kinology, Star Invest Films France e Ocean Films Distribution Int, mas sobretudo ao realizador Terry Gilliam (que até agradeceu ao português a publicidade extra). A actriz portuguesa Lídia Franco, de 76 anos, revelou que Adam Driver mostrou ser “uma péssima pessoa”.
Numa entrevista ao programa da Rádio Comercial Era O Que Faltava, com Ana Martins e Rui Maria Pêgo, Lídia Franco, a quem o realizador Michael Bay, que a dirigiu em 6 Underground, apelidou de “a Judi Dench portuguesa”, recordou o episódio em que Adam Driver, nomeado para o Óscar por Marriage Story (melhor actor, 2020) e BlacKkKlansman: O Infiltrado (melhor actor secundário, 2019), se comportou mal consigo. “Agrediu-me”, acusou a actriz, explicando que o facto “não tinha nada a ver com a cena”.
De acordo com o relato, tratou-se de uma “agressão camuflada, com uma cadeira”, após a qual a actriz recebeu autorização por parte da produção para abandonar o filme. “Deram-me autorização para sair do filme. Disseram-me que era horrível o que ele estava a fazer, mas que não podiam fazer nada. Estavam de mãos atadas [contratualmente]”, especificou.
Porém, Lídia Franco não se sentiu intimidada: “Vieram ter comigo e disseram: ‘Lídia, é horrível, isto que ele lhe está a fazer, mas, por contrato, não podemos fazer nada. É livre, se quiser, de abandonar. E eu disse: ‘Não abandono este filme’. Fiquei ali a levar com ele, salvo seja...”