INE está a recrutar para o Censos 2021. Candidaturas estão abertas

Um recenseador com 600 alojamentos atribuídos e que termine o seu trabalho em seis semanas “receberá em média 1500 euros”, indica INE. Serão contratados cerca de 11 mil pessoas e as candidaturas estão abertas até 15 de Fevereiro.

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O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a recrutar cerca de 11 mil recenseadores que farão o Censos 2021, que este ano decorrerá preferencialmente por telefone e Internet por causa da pandemia.

Em comunicado, o INE indica que as candidaturas serão recebidas através do seu site e serão as autarquias a seleccionar quem será recenseador para o trabalho que começará em Abril. Decorrem até 15 de Fevereiro.

Para se ser recenseador é preciso ter pelo menos 18 anos e o trabalho não está sujeito a horário, podendo ser feito aos fins-de-semana. O número de seleccionados varia em função da área geográfica.

Os candidatos devem ter habitações académicas ao nível do 12.º ano (preferencialmente), competências ao “nível da microinformática e da utilização de tecnologias de informação e comunicação” e um smartphone ou tablet com ligação à Internet. Devem conhecer bem a zona geográfica para a qual se candidatam, serem “cordiais, agradáveis, metódicos e rigorosos” e ter disponibilidade aos fins-de-semana e durante a tempo parcial. E, “preferencialmente”, terem transporte próprio.

Já o pagamento difere em função do número de domicílios que é atribuído a cada recenseador e da rapidez com que conclua o trabalho: “um recenseador com 600 alojamentos atribuídos e que termine o seu trabalho em seis semanas receberá em média 1500 euros”, exemplifica o INE.

O contrato será de prestação de serviços, com a duração de dois meses (entre Abril e Junho). Os candidatos devem assim estar colectados nas Finanças como trabalhadores independentes, ou ter a possibilidade de recorrer ao acto isolado, e estar inscritos na Segurança Social como trabalhadores independentes ou estarem isentos. Podem concorrer também aposentados, reformados, reservistas fora de efectividade e equiparados. Mais informações podem ser obtidas aqui.

Censos pela Internet

A operação de recenseamento nacional, que se realiza de dez em dez anos, está este ano sujeita a um plano de contingência que previne “riscos para a população, recenseadores e demais colaboradores”. O INE vai enviar cartas para todos os domicílios a explicar como é que a resposta ao censo poderá ser feita online

Este plano inclui a possibilidade de resposta pela Internet ou por telefone através de uma linha dedicada para “grupos da população com maior dificuldade na resposta pela Internet ou impedidos de contacto presencial, nomeadamente por razões de saúde pública”. Sempre que houver contacto presencial, os recenseadores seguirão um protocolo de saúde pública que define medidas de acordo com as recomendações das autoridades de saúde.

Este ano há alterações nas variáveis sobre as quais incidem as perguntas do censo, com algumas que saem e outras novas. Nas perguntas sobre a situação individual passa a figurar uma sobre motivo da migração, caso se aplique, e saíram perguntas sobre onde se está a responder ao censo, o nível de ensino que se frequenta, o número de horas que se trabalha ou quantos trabalhadores tem a empresa.

No item da habitação, passa a perguntar-se há quanto tempo se mora no alojamento e se se beneficia de apoio ao arrendamento, saindo perguntas sobre o sistema de abastecimento de água, instalações sanitárias e de banho ou fonte de energia usada para aquecimento. Saem ainda do formulário várias perguntas sobre o tipo de construção do edifício onde se mora.

As variáveis sobre as quais se fazem as perguntas do Censos 2021 estiveram sujeitas a consulta pública e algumas, como sexo, profissão, estado civil, morada, tipo de alojamento, são obrigatórias de acordo com o regulamento europeu para recenseamentos da população.