“Estou desiludida e destroçada com o que aconteceu na semana passada. Considero vergonhoso que, em torno destes trágicos acontecimentos, tenha havido mexericos, ataques pessoais injustificados e falsas acusações sobre mim – de pessoas que procuram ser relevantes e ter uma agenda.” Um trecho do comunicado divulgado pelo site oficial da Casa Branca e partilhado na conta oficial do Twitter da primeira-dama deixa a dúvida: estará “desiludida e destroçada” com o que aconteceu no Capitólio ou com os mexericos? Mas Melania Trump não perde tempo e esclarece: “Não se enganem, condeno em absoluto a violência que ocorreu no Capitólio da nossa Nação. A violência nunca é aceitável.”
A primeira-dama, que foi criticada por estar numa sessão fotográfica de “tapetes e outros artigos na Residência Executiva e na Ala Oriental” da Casa Branca, enquanto apoiantes do seu marido invadiam o Capitólio, referiu ainda que o seu “coração vai ao encontro: do veterano da Força Aérea, Ashli Babbit, Benjamin Philips, Kevin Greeson, Rosanne Boyland, e os oficiais da Polícia do Capitólio, Brian Sicknick e Howard Liebengood”. “Rezo pelo conforto e força das suas famílias durante este momento difícil.”
Mais à frente, a primeira dama exortou as pessoas a concentrarem-se no que une os americanos e não no que os divide: “É inspirador ver que tantos se mostraram apaixonados e entusiasmados em participar numa eleição, mas não devemos permitir que essa paixão se vire para a violência.” No entanto, sobre essa violência, Melania Trump optou por não fazer qualquer referência ao discurso do marido que acabou por determinar a invasão na altura em que, no Capitólio, os legisladores tentavam contar os votos do Colégio Eleitoral que confirmavam (e confirmaram, horas depois) a vitória de Biden.