Covid-19: incidência diminui ou mantém-se em mais de metade dos concelhos do país. Há mais cinco em risco extremo
Dos 308 concelhos de Portugal, 157 tiveram uma diminuição da taxa de incidência a 14 dias por cem mil habitantes, 20 não viram alterações. Novos casos subiram em 131. Mondim de Basto registou a maior descida a nível nacional e deixou de ser o concelho mais afectado. Felgueiras e Lousada saem do nível de risco extremo.
O número de concelhos no nível de risco extremo subiu para 30 — mais cinco do que na semana anterior — mas os concelhos em que a incidência de covid-19 aumentou são menos do que aqueles em que este indicador diminuiu: desceu em 157 (todos do continente) e subiu em 131, mantendo-se inalterado em 20.
Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) sobre a incidência acumulada de covid-19 a 14 dias por cem mil habitantes entre 4 e 17 de Dezembro, Vimioso é agora o município do país com a incidência mais alta do país, com 2908, um valor alcançado devido ao segundo maior salto de novos casos a 14 dias em Portugal (mais 1516).
O concelho de Bragança lidera uma lista em que se segue o Marvão (Portalegre), com 2862 novos casos por cem mil habitantes, Castelo de Vide (Portalegre) com 2364, Chaves (Vila Real) com 1965, Mourão (Évora) com 1796, Mondim de Basto (Vila Real) com 1728, Penamacor (Castelo Branco) com 1682, Pinhel (Guarda) com 1539, Gavião (Portalegre) com 1502 e Crato (Portalegre) com 1470 novos casos por cem mil habitantes.
Destes municípios, apenas quatro integravam o grupo de dez com maior incidência na semana passada.
Subiram ao nível de risco extremo (mais de 960 novos casos por cem mil habitantes) dez municípios: Castelo de Vide, Penamacor, Tabuaço, Mortágua, Monforte, Alter do Chão, Aguiar da Beira, Bragança, Santa Marta de Penaguião e Oliveira de Azeméis. Por outro lado, saíram cinco deste patamar: Nisa, Aveiro, Fafe, Felgueiras e Lousada. Estes dois últimos chegaram a ser dois dos três concelhos do país com os maiores valores de incidência, registando já cinco semanas consecutivas de abrandamento dos novos casos.
No grupo de concelhos com a maior incidência acumulada entre 4 e 17 de Dezembro pode ser encontrado o concelho com a subida mais acentuada e o com maior descida da taxa de incidência: Mondim de Basto, que na semana passada era o território do país com mais novos casos, teve uma queda de 935 novos casos; no sentido contrário está Castelo de Vide, que passou de 617 para 2364 novos casos por cem mil habitantes (mais 1747).
A subida desde semana passada é a mais alta desde que a DGS divulga os valores da incidência. Este aumento pode ser explicado pela população de cerca de três mil habitantes de Castelo de Vide, o que faz com que sejam precisos menos de 60 novos casos ao longo de 14 dias para que o indicador (que calcula a taxa para cem mil habitantes) atinja facilmente valores altos.
Castelo de Vide e Vimioso encabeçam uma lista na qual se seguem Penamacor (mais 1051 novos casos por cem mil habitantes), Monforte (mais 908), Alter do Chão (mais 790), Marvão (mais 790), Mourão (mais 572), Tabuaço (mais 572), Sernancelhe (mais 547) e Pinhel (mais 500).
Do lado oposto do espectro, Mondim de Basto é seguido de Nisa (menos 776), Fafe (menos 450), Armamar (menos 450), Espinho (menos 387), Felgueiras (menos 381), Trofa (menos 367), Guimarães (menos 343), Lousada (menos 340) e Barrancos (menos 306). Esta lista reforça o abrandamento de contágios que se tem vindo a verificar na Área Metropolitana do Porto e concelhos circundantes, com sete dos dez concelhos com maiores descidas a serem desta zona do país, ainda que grande parte dos municípios continue nos patamares de risco muito elevado ou extremo.
O boletim da DGS desta segunda-feira dá conta de 2099 novos casos, o menor número de novas infecções identificadas em dois meses, e 55 mortes registadas no domingo, o valor mais baixo desde 14 de Novembro.