Neeleman nega acção contra Estado português por causa da TAP

Ex-accionista da transportadora aérea diz que “não deu nem vai dar entrada qualquer acção judicial ou outra contra o Estado português”.

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David Neeleman detinha 22,5% da TAP Nuno Ferreira Santos

David Neeleman, até há pouco tempo accionista da TAP ao lado de Humberto Pedrosa, afirma que “não deu nem vai dar entrada qualquer acção judicial ou outra contra o Estado português, que não está em curso a preparação de tal acção” e que não deu instruções aos advogados “para estudarem tal possibilidade”.

A declaração do empresário, por escrito, surge na sequência de um pedido de esclarecimento por parte do PÚBLICO, na sequência de uma notícia do Sol onde se afirmava que Neeleman estava a preparar um pedido de indemnização ao Estado por causa da TAP, através de uma acção cível.

A saída de Neeleman da TAP concretizou-se no início de Outubro, tendo o empresário, em associação com a Azul, recebido 55 milhões de euros. Este valor corresponde a prestações acessórias ligadas à TAP que ficaram com o Estado (que subiu a sua participação no capital para 72,5%).

O acordo assinado entre as duas partes tem uma cláusula que impede litigâncias futuras. Com a saída do empresário acabou o consórcio Atlantic Gateway, passando Humberto Pedrosa a deter uma participação directa de 22,5% na empresa.

Esta sexta-feira, em conferência de imprensa, o ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou que o ex-accionista tinha direito a prestações acessórias no valor de 224 milhões. Assim, tendo recebido 55 milhões do Estado pela sua posição de 22,5%, Neeleman “aceitou perder 169 milhões de euros”, de acordo com o ministro da tutela. De acordo Pedro Nuno Santos, o empresário “não tinha dinheiro, nem vontade” para aplicar capital na TAP.

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