Um encheu o coração dos britânicos de esperança quando conseguiu angariar milhões para o Serviço Nacional de Saúde do país (NHS, na sigla britânica). Outro, de uma alegria esfuziante, ao sagrar-se, pela sétima vez, campeão do mundo de Fórmula 1. O que, num ano difícil devido à pandemia, fez toda a diferença para a GQ, que decidiu colocar na dianteira dos Homens do Ano o capitão Tom Moore e o piloto Lewis Hamilton.
Moore, um veterano da Segunda Guerra, ganhou a categoria Inspiração após ter angariado 32 milhões de libras (35,8 milhões de euros) para o NHS no auge da primeira vaga do surto de covid-19 pandemia do coronavírus, ao dar voltas a pé no seu jardim.
Este é apenas mais um reconhecimento entre vários, dos quais se destaca o facto de ter sido investido cavaleiro pela rainha Isabel II. Nos últimos meses, sir Tom Moore escreveu um livro, assinou um acordo para que a sua vida seja transformada num biopic e lançou uma série de podcasts para combater o isolamento entre os idosos.
Já Hamilton, de 35 anos, reforçou a sua posição no topo dos melhores da Fórmula 1, depois de ter chegado a heptacampeão do mundo de modalidade, proeza apenas conseguida por Michael Schumacher (curiosamente, com a mesma idade). Mas aquilo que a GQ premiou foi o facto de Hamilton ser o único piloto negro da actualidade, algo que, na perspectiva da revista, faz dele um Game Changer (mudança de jogo), para mais quando o piloto usa a sua influência para fazer campanha pela igualdade racial, diversidade e sustentabilidade ambiental.
“Apesar de ter ganhado mais corridas do que qualquer outro em 14 temporadas de Fórmula 1, são as acções de Lewis Hamilton fora do circuito que fazem dele o Game Changer do ano da GQ”, explicou o editor da revista, Dylan Jones, citado pela Reuters.
A revista masculina de moda e estilo premiou ainda o jogador de futebol Marcus Rashford e a actriz Lashana Lynch, entre outros, numa cerimónia virtual transmitida, esta na quinta-feira, através do canal YouTube da GQ e apresentada pelo comediante Jack Whitehall.
A destacar ainda o prémio de vida, entregue ao veterano cantor, compositor e personalidade televisiva Ozzy Osbourne.