Covid-19: um quarto dos italianos acredita em teorias da conspiração

Entre as teorias da conspiração estão as que defendem que o novo coronavírus foi criado em laboratório ou que o vírus não existe.

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MASSIMO PERCOSSI/EPA

Um quarto dos italianos acredita em teorias da conspiração sobre a covid-19, incluindo que o vírus foi criado em laboratório para alterar equilíbrios mundiais ou que não existe, sendo um pretexto para controlar pessoas, segundo uma sondagem divulgada esta terça-feira.

A sondagem mostra que um em cada cinco italianos acredita que o novo coronavírus foi criado em laboratório e disseminado com o propósito de modificar os equilíbrios mundiais. Outros 5% acreditam que o vírus não existe, mas que serve como pretexto para o controlo das pessoas e da economia, de acordo com este inquérito realizado pela empresa SWG, numa amostra de 800 pessoas para o canal de televisão La7 e que apresenta uma margem de erro de 3,4%.

Entre os conspiradores, 33% acreditam que o vírus foi criado pelos chineses para enfraquecer outros países, 21% crêem que são as multinacionais na Internet que estão por trás do SARS-CoV-2 para enriquecerem, enquanto 20% acreditam que foi criado pelas elites globais para estabelecer uma ditadura sanitária e 16% atribuem-no à máfia para enriquecer e aumentar o seu poder.

Sobre a vacina, 44% seriam vacinados sem dúvida, 26% apenas se fosse obrigatório. Em contrapartida, 11% não o fariam mesmo que fosse obrigatório, enquanto 19% estão indecisos.

As pessoas entrevistadas são também muito críticas em relação aos jovens, considerando-os como o principal vector de transmissão da covid-19.

Assim, 71% afirmam concordar um pouco ou muito com a seguinte frase: “os jovens de hoje cresceram no bem-estar, têm direito a tudo e mesmo em tempos de covid-19 não estão dispostos a qualquer sacrifício pelo bem comum”.

A Itália, o primeiro país europeu afectado pela nova pandemia de covid-19 em Fevereiro, ultrapassou as 50.000 mortes na segunda-feira, de acordo com o relatório das autoridades de saúde, que contabilizou mais de 1,4 milhões de casos positivos durante a emergência sanitária.