Ninguém bate a W52-FC Porto e Amaro Antunes vence a Volta a Portugal
Gustavo Veloso ficou com a etapa, Amaro Antunes ficou com a camisola amarela. E tudo ficou na W52-FC Porto, como tem sido habitual na Volta a Portugal.
Antes da etapa final da Volta a Portugal, Amaro Antunes (W52-FC Porto) tinha prometido “sair a matar e chegar a morrer”. E cumpriu. O ciclista algarvio sagrou-se vencedor da edição especial da prova portuguesa ao gerir, nesta segunda-feira, a vantagem com que partiu para o contra-relógio da última etapa, corrido em Lisboa.
Apesar de não ter predicados especiais no “crono”, o ciclista de 29 anos conseguiu controlar os 13 segundos de vantagem que tinha sobre Frederico Figueiredo e 1m13s de margem para o colega de equipa Gustavo Veloso.
Esta é a primeira vitória de Amaro Antunes na Volta a Portugal, num triunfo que cravou, mais ainda, o domínio total desta prova por parte da W52-FC Porto: a equipa nortenha venceu as últimas oito (!) edições.
Nesta segunda-feira, o contra-relógio de 17,7 quilómetros entre a Ribeira das Naus e a Praça do Comércio, em Lisboa, encaixava nas capacidades de Gustavo Veloso. Com algumas rectas longas, o percurso pedia potência e capacidade de colocar ritmo forte, algo que Veloso conseguiria sempre fazer de forma mais competente do que os rivais.
E fez. Só não fez o suficiente para destronar Amaro. Veloso venceu a etapa final da Volta, repetindo a proeza de 2014, 2015, 2016 e 2017, e subiu ao segundo lugar da classificação (ultrapassou Frederico Figueiredo).
Veloso ficou com a etapa, Amaro ficou com a camisola amarela. E tudo ficou na W52-FC Porto, como tem sido habitual na Volta a Portugal.
Após a etapa, Amaro Antunes dedicou a vitória à mãe e mostrou-se “muito feliz”. “É incrível, não consigo explicar. Sinto-me realizado e quero agradecer à minha equipa. Ainda não caí na realidade”, disse o ciclista, visivelmente emocionado.
Pinto da Costa promete continuar no ciclismo
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, abordou a força da equipa nortenha e garantiu que a aposta no ciclismo é para continuar.
“O FC Porto e a W52 são duas entidades que querem muito ganhar e dois a puxar para o mesmo sítio é melhor do que um a puxar sozinho. E, depois, termos encontrado uma equipa em que são todos por um e um por todos é fantástico”, disse o dirigente, de visita à caravana da Volta a Portugal.
E acrescentou que quer manter o clube na modalidade, porque "o ciclismo é um veículo de propaganda aos clubes, leva os clubes, neste caso o FC Porto, a sítios onde outras equipas, de outras modalidades, nunca passariam”. “Todos os portistas, como os portugueses de um modo geral, gostam muito de ciclismo”, disse ainda.