Ricardo Conde nomeado presidente interino da Agência Espacial Portuguesa
A designação de Ricardo Conde ocorre após a renúncia ao cargo de Chiara Manfletti, a primeira presidente da Agência Espacial Portuguesa.
O engenheiro electrotécnico e de computadores Ricardo Conde foi nomeado presidente interino da Agência Espacial Portuguesa, durante uma assembleia-geral que decidiu também abrir concurso para seleccionar o futuro presidente até ao Verão de 2021. A designação de Ricardo Conde ocorre após a renúncia ao cargo de Chiara Manfletti, a primeira presidente da Agência Espacial Portuguesa, que antecipou, a pedido da Agência Espacial Europeia, o regresso àquele organismo, segundo informação divulgada esta quarta-feira em comunicado pela estrutura portuguesa.
O novo presidente da Agência Espacial Portuguesa pretende “reforçar as linhas de orientação traçadas na estratégia nacional Portugal Espaço 2030”, promovendo na próxima década “a criação de mil postos de trabalho qualificados no sector espacial em Portugal, juntamente com a multiplicação por pelo menos dez vezes do actual volume de negócios do sector espacial, por forma a atingir cerca de 500 milhões de euros em 2030”, de acordo com o mesmo documento.
A direcção da agência mantém a restante composição: Luís Santos vice-presidente, e Hugo André Costa, membro da direcção. Os termos do concurso público para a escolha do terceiro presidente da Agência Espacial Portuguesa até ao Verão de 2021 serão publicados nos próximos dias no sítio oficial na Internet da Agência Espacial Portuguesa e as candidaturas podem ser submetidas até ao final de Janeiro.
A Agência Espacial Portuguesa é uma organização privada sem fins lucrativos, criada pelo Governo português. Tem como principal objectivo promover e fortalecer o espaço em Portugal, actuando como uma unidade de negócio e desenvolvimento para universidades, entidades de investigação e empresas. Os membros fundadores da Agência Espacial Portuguesa incluem a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a Agência Nacional de Inovação (ANI), a Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) e a Região Autónoma dos Açores.
A agência coordena a participação nacional na Agência Espacial Europeia (ESA) e aconselha o Governo português nesta matéria. Em conjunto com a FCT, a Agência Espacial Portuguesa gere os fundos da ESA e do Observatório Europeu do Sul (ESO), e representa Portugal nestas organizações internacionais. Em entrevista à agência Lusa divulgada na terça-feira, a ex-presidente da agência considerou que Portugal é reconhecido como local para desenvolver projectos no sector do espaço, com empresas estrangeiras a quererem instalar-se no país, mas apontou à indústria nacional falta de “massa crítica”.