Primeiro estudo em larga escala identifica causas de morte precoce em ratinhos de laboratório
Liderada por cientistas do Porto, equipa analisou o percurso de 220 mil ratinhos de laboratório, desde o nascimento até à fase de desmame. A sobreposição de ninhadas e o número de irmãos mais velhos são alguns dos factores que condicionam a sobrevivência dos recém-nascidos, um problema para o bem-estar animal e os custos.
Na União Europeia, são utilizados a cada ano quase seis milhões de ratinhos para fins científicos. Se este número parece elevado, a verdade é que o total de animais produzidos para estes fins é bastante superior, uma vez que a taxa de mortalidade dos ratinhos recém-nascidos é muito alta. Foi a pensar neste problema que uma equipa internacional de investigadores, liderada pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), analisou o percurso de 220 mil ratinhos, desde o nascimento até ao desmame, de dois dos maiores biotérios europeus (instalações para criação e manutenção de animais de laboratório) localizados no Reino Unido, a fim de chegar aos factores que aumentam a probabilidade de morte dos recém-nascidos. No estudo publicado na revista científica Plos One, uma das possíveis principais condicionantes de risco detectadas foi a sobreposição de ninhadas, ou seja, a presença de irmãos mais velhos na gaiola aquando do nascimento de novas crias.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.