Portugal aposta no turismo náutico e região Centro apresenta as suas estações
“Nós, portugueses, temos hoje a responsabilidade de ir para fora cá dentro”, disse a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, na cerimónia de apresentação da aposta reforçada no turismo náutico. Há também um novo portal dedicado às estações e actividades náuticas pelo país.
Aveiro, Castelo do Bode, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oeste ("esta em vários núcleos"), Ovar e Vagos. São estas as oito estações náuticas certificadas no Centro de Portugal que esta quarta-feira tiveram direito a cerimónia de apresentação oficial.
No evento, que decorreu na praia fluvial de Fernandaires, em Vila de Rei, parte da estação de Castelo do Bode, foi ainda destacado o novo portal para o turismo náutico no país, Nautical Portugal, que engloba 24 estações náuticas já certificadas – estão mais quatro em processo de certificação.
Há estações por todo o país mas é o Centro que lidera em número de locais certificados – além das oito agora destacadas, informa o Turismo da região, há mais sete em processo de certificação. Segundo o Turismo do Centro, só as estações já certificadas envolvem um total de 337 parceiros.
Cada estação náutica é organizada “com base na valorização dos recursos náuticos presentes em cada território, os quais incluem a oferta de alojamento, restauração, actividades náuticas e outras actividades e serviços relevantes para a atracção de visitantes”, resume-se em comunicado.
Na cerimónia de apresentação do projecto, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, salientou o reforço no turismo interno como forma de “sairmos desta crise com mais capacidades e mais fortalecidos”.
“Nós, portugueses, temos hoje a responsabilidade de ir para fora cá dentro e valorizar cada vez mais o que o nosso território tem para oferecer”, disse a responsável, salientando ainda que o turismo pode contribuir para a “fixação de pessoas em todo o país, nomeadamente nas regiões de baixa densidade”.
Já o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, sublinhou, segundo comunicado da entidade, que “em tempos difíceis, é muito importante sermos mais criativos e conseguirmos criar novos produtos turísticos com os recursos já existentes”.
“Queremos que a indústria do turismo possa potenciar relações com outros sectores e que potenciem as dinâmicas das pequenas economias locais”, defendeu Machado, citado pela Lusa, rematando que se trata de “um produto que nasce no turismo e que pode alavancar outros sectores”.