No meio da ria de Aveiro, as estrelas ficam mais brilhantes

A bordo de um barco moliceiro também se aprendem grandes lições de astronomia. Guiados pela estrela Polar, rumámos à escuridão da ria para aprender a distinguir estrelas de planetas e desconstruir alguns mitos. E ainda tivemos direito a avistar um cometa.

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ADRIANO MIRANDA
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Assim que o barco encosta à ilha, já suficientemente protegido dos inúmeros pontos de luz dos aglomerados urbanos que circundam a paisagem, as perguntas começam, subitamente, a sair: “Vamos ver OVNI?” “Vai dar para avistar o cometa Neowise?”. O astrónomo José Augusto Matos promete esclarecer todas as dúvidas ali mesmo, no meio da ria de Aveiro, a bordo de um barco moliceiro, debaixo daquele imenso breu. Uma noite escura, mas atipicamente quente, que acabaria transformada num belo serão em torno da astronomia. Falou-se de estrelas, planetas, cometas, satélites e até (imaginem só) de astrologia. Tudo trocado por miúdos, numa linguagem própria para leigos na matéria, e com direito a chá e bolo no final.

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