Há três anos que o festival Jardins Abertos decorre em plena Primavera, com uma edição inédita de Outono no ano passado, revelando espaços floridos habitualmente encerrados ao público, entre outros grandes jardins de Lisboa.
Este ano, a pandemia de covid-19 veio virar os planos do avesso e a quinta edição do evento surge agora, inserida na programação da Capital Verde Europeia, distribuída ao longo de dois fins-de-semana (18 e 19, 25 e 26 de Julho), com actividades presenciais e online.
Em destaque na programação, surge a visita a espaços inéditos no festival, como o jardim do Palacete de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro (visita livre, dias 19 e 26, das 10h às 18h), os jardins do Centro Cultural de Belém (visita livre das 10h às 18h, e guiada por voluntários do festival, nos quatro dias, às 14h, 15h30 e 17h), o Parque Ribeirinho Oriente (de visita livre, 24h, e integrado num percurso guiado por Catarina Pacheco, dia 18, às 10h) e a Quinta Urbana NÃM, a “primeira quinta urbana em Portugal que produz alimento a partir do desperdício de outra indústria”, neste caso, cogumelos-ostra a partir de borras de café (de acesso livre a 18 e 19 de Julho, das 10h às 14h). Já o Jardim Botânico Tropical, reaberto ao público em Janeiro, depois de um ano de obras, é uma estreia no festival, mas chega apenas em visitas virtuais.
Entre as visitas guiadas, com lotação até oito participantes e inscrição prévia obrigatória, encontram-se passeios pelo sapal do estuário do Tejo (com Fernando Louro Alves, dia 18, às 9h; e com Francisco Raposo, 25, às 14h), passeios nocturnos ao Espaço da Biodiversidade de Monsanto (todos os dias, às 21h30), visitas botânicas ao Jardim do Palácio Pimenta (dias 19 e 26, às 11h e às 15h30) ou à Fito-ETAR do Parque Florestal de Monsanto (dias 18 e 25, às 9h30), entre outras. Já os percursos guiados seguem por “entre jardins, avenidas e varandas”, com Ivo Meco (25, às 9h30), e pelas plantas silvestres, com Fernanda Botelho (26, às 11h).
O programa engloba ainda oficinas (“um dia no viveiro”, 18, às 10h30 e 15h), um banho de floresta com Pedro Trindade (19, às 10h), exposições dedicadas à iconografia botânica e aos jardins históricos, e diversas actividades para crianças.
Tal como em edições anteriores, o programa inclui ainda jardins de acesso livre, que não requerem inscrição prévia, ainda que estejam “sujeitos a diferentes lotações e tempo máximo de permanência”, com acesso “feito por ordem de chegada”, dadas as circunstâncias actuais. Nesta edição, são 14, desde a Estufa Fria de Lisboa ao Parque Botânico do Monteiro-Mor, o Telhado Verde da Fábrica de Água de Alcântara ou a Quinta Conde dos Arcos (os horários podem ser consultados aqui).
Seguindo a tendência de outros festivais e eventos, o Jardins Abertos assume nesta edição também uma vertente online, com oficinas virtuais e visitas guiadas em directo no Instagram. Através da plataforma, poderá aprender como plantar aromáticas em floreiras com João Paulo do Carmo (18, às 11h) ou descobrir os jardins do CCB com o arquitecto paisagista Francisco Caldeira Cabral (18, às 11h); ou debater sobre justiça ambiental urbana, partindo do mote “Como criar uma Lisboa mais verde para todas e todos” (26, às 16h).
De acordo com a organização, “o modelo de visitação dos jardins e as actividades em grupo serão adaptadas à nova realidade, respeitando todas as medidas da Direcção-Geral de Saúde, em vigor à data do festival”.