Obras de restauro da catedral de Notre-Dame de Paris retomadas esta segunda-feira
Trabalhos serão realizados respeitando as medidas sanitárias necessária à convivência com a pandemia da covid-19.
Interrompidas desde Março devido à pandemia da covid-19, as obras de restauro da catedral de Notre-Dame, em Paris, parcialmente destruída por um violento incêndio fez um ano no passado dia 15 de Abril, vão ser retomadas esta segunda-feira.
A informação foi comunicada, na semana passada, pelo general Jean-Louis Georgelin, que o Presidente Emmanuel Macron pôs a dirigir as operações. “Como parte da retoma gradual da actividade a partir de segunda-feira, assegurei que as medidas e os procedimentos apropriados fossem implementados” para garantir as condições de trabalho e a manutenção do distanciamento social, disse, em comunicado citado pela imprensa francesa, o ex-Chefe do Estado-Maior do Exército do país.
As obras vão decorrer, a partir de agora, em três etapas, com um aumento progressivo de trabalhadores em Maio – recorde-se que o Governo francês programou o início do desconfinamento e a reabertura progressiva das actividades no país para o dia 11 do próximo mês. Entre as medidas de protecção anunciadas pelos responsáveis pelo restauro estão o uso de máscaras, luvas e viseiras de protecção, além do acesso a desinfectantes, como álcool e gel.
No primeiro aniversário do incêndio da catedral, a 15 de Abril, o Presidente Macron reafirmou o seu objectivo de reconstruir a catedral em cinco anos. Um prazo que, mesmo a cumprir-se, deixa definitivamente por terra a sua promessa inicial, anunciada logo a seguir ao incêndio, de recuperar o esplendor do templo a tempo dos Jogos Olímpicos de 2024, que irão realizar-se na capital francesa.
Antes de serem suspensos no dia 14 de Março devido à pandemia, os trabalhos já haviam sido interrompidos no último Verão para melhorar a protecção dos trabalhadores contra o chumbo fundido que poluiu não só o interior da catedral como os terrenos circundantes. A interrupção verificou-se igualmente no Outono e no Inverno, já que as regras de segurança proibiam que a obra prosseguisse com ventos acima dos 40 quilómetros por hora. Com Lusa