Anacom recebeu 1549 queixas entre 4 e 10 de Abril

Atraso na entrega de encomendas, falhas da Internet e suspensão dos contratos de telecomunicações por dificuldades económicas estão no topo das preocupações.

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Quase dois terços das queixas (64% do total) dizem respeito aos serviços de telecomunicações Nelson Garrido

As reclamações e pedidos de informação que têm chegado nos últimos dias à entidade reguladora das comunicações são o espelho de um país a braços com a perda de rendimentos, com a necessidade de estudar e trabalhar a partir de casa e de recorrer mais aos serviços de entregas postais.

Segundo a Anacom, entre os dias 4 e 10 de Abril registaram-se 1549 reclamações no livro de reclamações electrónico, o que representa um aumento de 14% face à semana anterior.

Quase dois terços das queixas (64% do total) dizem respeito aos serviços de telecomunicações (mais 4% do que na semana anterior) e o restante (36%) aos serviços postais.

Como evitar penalizações por atraso ou falta de pagamento das facturas de telecomunicações e a possibilidade de suspensão temporária dos contratos, e de cancelamento de serviços sem penalização, foram algumas das “principais preocupações” que os consumidores fizeram chegar à entidade reguladora nestes primeiros dias de Abril.

Estão “ambas associadas às dificuldades económicas sentidas quer por utilizadores residenciais quer por utilizadores empresariais”, destaca a Anacom.

Também chegaram ao regulador queixas sobre as “quebras e baixa velocidade da Internet fixa” e sobre o “custo das chamadas e a demora no atendimento nas linhas de apoio ao cliente dos prestadores de serviços”.

Por outro lado, a diminuição das deslocações dos técnicos das empresas de telecomunicações neste contexto de crise de saúde pública também motivou reclamações sobre a “não resolução de falhas nos serviços ou a demora na ligação inicial de serviços”.

A Anacom detalha que, do total de reclamações relativas às telecomunicações neste período, 36% visaram a Meo, 34% a Vodafone, 25% a Nos e 4% a Nowo.

Nos serviços postais, em que as reclamações aumentaram 38% face à semana anterior, a maioria das queixas prendeu-se com atrasos na entrega de encomendas, ou falta de tentativa de entrega ao domicílio e falhas na distribuição deste tipo de objectos postais.

Segundo a Anacom, os CTT motivaram 49% das reclamações, a DPD 48% e os restantes operadores do mercado de 3%.

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