Jean-Baptiste Thoret: “O tema do indivíduo contaminado situa-se, do ponto de vista da história das formas, do lado da modernidade e, do ponto de vista político, do lado do progressismo”
O historiador Jean-Baptiste Thoret conduz-nos por uma viagem a uma “idade de ouro” do cinema americano: os anos 70. Quando o excluído e o contaminado reclamaram o direito a estar dentro do plano, quando o Outro afinal estava em nós. Depois regressamos à América de Trump. Com paragem nas plataformas digitais.
Cenas e personagens de uma ficção distópica em altura de pandemia, quando um vírus está a mudar o mundo: um realizador à procura de uma arma, não vá o caos sair à rua e ele ser o único humano do planeta (na verdade, do bairro...) sem possibilidade de se defender; uma autoridade do Estado a sugerir aos cidadãos que acabem com o confinamento e voltem ao trabalho para tratar da economia do país, e tanto pior se isso coloca em perigo uma população em risco (os mais idosos) porque esses deverão sacrificar-se pela economia; o Presidente de um país a dizer que a culpa é do Outro; um vírus que os cientistas descrevem como zombie, matéria genética que não está viva e que acorda quando penetra os humanos.
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