Porto também vai fazer testes de covid-19 a sem-abrigo e pessoas com deficiência

Programa pensado para os lares, vai agora ser alargado. Em albergues, centros de acolhimento e lares residenciais que acolham cidadãos com deficiência o despiste à covid-19 também será realizado

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Programa de rastreio em lares vai agora ser alargado Paulo Pimenta

Todos os albergues, centros de acolhimento de pessoas em situação sem-abrigo e também os lares residenciais que acolham cidadãos com deficiência vão ter acesso a testes de despiste do novo coronavírus. A iniciativa é da Câmara do Porto, desenvolvida em parceria com os hospitais e centros de saúde da cidade, e abrange também os profissionais destas unidades.

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira, numa reunião de câmara privada, pelo vereador com a pasta da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo. É um alargamento do projecto já realizado em lares da cidade e que, até domingo, tinha testado 1400 pessoas, entre residentes de 21 lares e funcionários destes espaços. Nos primeiros dois dias de testes, a 29 e 30 de Março, a autarquia congratulava-se por não haver nenhum caso positivo. Na informação agora divulgada não revela se há utentes com o vírus SAR-Cov2.  

As pessoas em situação de sem-abrigo e cidadãos com deficiência residentes em instituições que tenham um resultado positivo poderão ser transferidos para a Pousada da Juventude ou para o Seminário de Vilar, preparados nos últimos dias para esse efeito com a instalação de 200 camas. ​A lógica é a mesma seguida nos lares de idosos: as pessoas mudam de espaço se no local onde moram houver casos positivos e não estiver assegurada a sua segurança. 

Este programa de rastreio é feito graças aos cinco mil testes, e também 200 óculos e fatos de protecção, doados ao executivo de Rui Moreira pela Fundação Fosun e a Gestifute. O Porto está também a ultimar, no Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, um hospital de campanha para receber doentes assintomáticos ou com sintomas ligeiros. O espaço terá 300 camas e pretende funcionar como unidade de retaguarda para os dois grandes hospitais da cidade. 

A cedência de 45 ventiladores a esses hospitais - São João (25) e Santo António (20) - foi aprovada, também na reunião de câmara desta segunda-feira, por unanimidade. O município do Porto fez a compra ao Governo de Macau pelo preço de 303 mil euros, lê-se no documento ao qual o PÚBLICO teve acesso. 

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