Pela Europa e por Portugal, controlo das fronteiras já!
É chegada a hora de o Governo português determinar o accionamento imediato do previsto nos artigos 25.º e seguintes do Código das Fronteiras Schengen, determinando assim a reintrodução temporária do controlo nas fronteiras internas – terrestres, aéreas e marítimas.
Portugal e a Europa têm assistido nos últimos dias a um alarmante galopar da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
É num período de dificuldade colectiva como este que devem sobressair as maiores responsabilidades quer de quem governa, quer de quem está na oposição. Num momento de máximo alerta nacional onde, a bem de todos os portugueses, todos somos convocados a responder com reforçado sentido cívico e patriótico, a Juventude Popular assumiu a sua parte contribuindo com propostas que possam fazer face à actual situação, na convicção inabalável de que tempos extraordinários requerem respostas extraordinárias e dinâmicas à evolução favorável ou desfavorável das circunstâncias.
A Organização Mundial da Saúde declarou que a Europa é o novo epicentro da pandemia do coronavírus. O velho continente encontra-se assim, hoje, confrontado com um desafio ímpar que não encontra paralelo na sua história contemporânea.
À data de hoje, não existe um único país da União Europeia que não esteja confrontado com o combate à pandemia de coronavírus. As circunstâncias em que os europeus estão a ser desafiados requerem de todos os governos um premente sentido de Estado perante os seus concidadãos no sentido do melhor garante da sua segurança. Assim, numa cada vez mais crescente percepção pública de que não se poderá facilitar em qualquer medida, é por demais evidente de que se terão de considerar medidas incisivas relativas à circulação entre as fronteiras nacionais sem quaisquer meios de controlo. Neste sentido, as fronteiras devem constituir, na actual crise, uma importante barreira de controlo sanitário para a segurança não só dos cidadãos europeus, mas também de todos os cidadãos de países que são seu frequente destino.
Seguindo o exemplo do que já acontece nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, e face à evolução exponencial dos casos de infecção em Portugal, a Juventude Popular considera que é chegada a hora do Governo português determinar o accionamento imediato do previsto nos artigos 25.º e seguintes do Código das Fronteiras Schengen, determinando assim a reintrodução temporária do controlo nas fronteiras internas – terrestres, aéreas e marítimas.
Longe de significar qualquer isolamento egoístico nacionalista, tal medida reforça precisamente o contrário: um sentido implacável de compromisso comunitarista perante os outros que os portugueses, abnegadamente e de uma forma generalizada, tão bem têm corporizado neste tempo tão desafiante.
Aqueles que pensam que a política se pode apagar nestes momentos estão profundamente enganados, não se trata de aproveitamento político, mas antes de responsabilidade política. Os nossos concidadãos esperam dos governantes capacidade de resposta, clareza nas acções e coragem nas opções.
O desafio hercúleo que se nos apresenta é o de ganhar tempo valioso. Dizia Padre António Vieira que “não há poder maior no mundo que o do tempo: tudo sujeita, tudo muda, tudo acaba”.
Conquistemos este tempo precioso; sujeitemos o máximo de dificuldades às nossas capacidades; mudemos tudo o quanto precisarmos. Sempre convictos de que todos, juntos, veremos este flagelo acabar.
É tempo de agir por ti, por nós, por Portugal!