Ampliação do Hospital de Aveiro: investimento estimado em 120 milhões
Está prevista a construção de um novo edifício, com duas valências. Uma delas será o Centro Académico Clínico, para investigação e formação.
A ampliação e a qualificação do Hospital Infante D. Pedro deverá representar um investimento na ordem dos 120 milhões de euros. A estimativa foi avançada pelo presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), organismo que encara este projecto como uma das prioridades de investimento na região para os próximos anos. Neste momento, o processo está a ser trabalhado em equipa: CIRA, Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Universidade de Aveiro, Câmara Municipal de Aveiro, Ministério da Saúde e Autoridade de Gestão do Programa Operacional da Região Centro.
O projecto deverá contemplar a construção de um edifício com duas áreas autónomas, uma para a actividade hospitalar de ambulatório (consulta externa, hospitais de dia e cirurgia de ambulatório) e outra para o Centro Académico Clínico (formação e investigação aplicada em saúde hospitalar). Este último, será, “no fundo, um espaço autónomo que vai misturar trabalho de equipa entre os investigadores da Universidade de Aveiro, os formadores e os formandos, e os profissionais do hospital”, especificou Ribau Esteves.
Este novo imóvel será devidamente integrado nos edifícios já existentes e que devem ser qualificados “para lhes conferir uma organização mais racional e mais qualidade e conforto, com mais e melhores equipamentos”, destacou o dirigente da CIRA.
Para viabilizar este projecto de ampliação, a câmara de Aveiro fez a recompra dos terrenos da zona do antigo Estádio Mário Duarte – contíguo à unidade de saúde e cuja demolição já foi adjudicada – e libertou também a área dos antigos armazéns gerais. “Operação que vale cerca de 15 milhões de euros”, recordou o também presidente da autarquia aveirense.
Adiar investimento é “degradar serviços”
No entender dos dirigentes da CIRA e autarcas da região, adiar mais o cumprimento deste investimento, “é continuar a não fazer, é continuar a perder serviços hospitalares para outras zonas do país e não conseguir atrair profissionais, é não conseguir acompanhar a inovação médica, é deixar reduzir e degradar os serviços de saúde aos cidadãos da região de Aveiro”.
A ampliação do hospital aveirense deverá ser acompanhada pelo “aprofundamento do modelo de centro hospitalar” – com o pólo de Aveiro, Estarreja e Águeda -, referem os dirigentes da CIRA, que insistem numa alteração do nome para “Centro Hospitalar da Região de Aveiro”. “Não se percebe que tendo esta proposta a concordância de todos os responsáveis do Ministério da Saúde com quem a tratámos, continue sem ser assumida formalmente”, lamentou.