Despedida real: Harry e Meghan cumprem a sua última aparição oficial

Os duques de Sussex só perdem o título de “Sua Alteza Real” a 31 de Março, mas na agenda não têm mais nenhum compromisso em representação da coroa.

Harry e Meghan chegaram sorridentes à abadia
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Harry e Meghan chegaram sorridentes à abadia Henry Nicholls/Reuters
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A família real britânica reuniu-se, esta segunda-feira, na Abadia de Westminster, para o Serviço Anual da Commonwealth, naquela que terá sido a última aparição oficial do príncipe Harry e da duquesa Meghan com o clã, ainda que a total libertação dos deveres oficiais, assim como a retirada do título “Sua Alteza Real”, só deva ocorrer a 31 deste mês. Desde o acordo de deixarem de ser membros sénior da realeza, esta foi a primeira vez que Harry e Meghan foram vistos com a rainha Isabel II, com William e Kate e com o príncipe Charles e a mulher Camilla, 

Harry e Meghan chegaram sorridentes à abadia, tendo a duquesa acenado para William e Kate quando estes chegaram ao local, revelando uma relação de bem-estar entre todos. Ao longo do tempo que decorreu a cerimónia, o casal conversou e riu com o príncipe Eduardo, tio de Harry, que ficou sentado ao lado dos duques.

“Imagino que todos terão um comportamento absolutamente exemplar”, comentou a biógrafa real Penny Junor à Reuters. “Mas só Deus sabe o que todos eles estarão a pensar em privado.”

O acordo de Janeiro, que entra em vigor no fim deste mês, permitirá que os duques de Sussex criem "um novo papel progressista”, principalmente na América do Norte, onde se pretendem financiar a si próprios.

Harry, 35 anos, e Meghan, 38, deixarão de usar os títulos HRH ("Sua Alteza Real") bem como terão de prescindir da palavra “real" em qualquer comunicação oficial ou marca. Harry, que continua a ser príncipe, renuncia ainda às patentes militares.

O anúncio do par de que desejava afastar-se de alguns deveres reais abalou a monarquia britânica, obrigando a uma reunião de emergência com a rainha, de 93 anos, o príncipe-herdeiro, Carlos, William e Harry, de onde saiu a decisão de que tanto o filho mais novo de Diana como Meghan teriam que abdicar de todos os seus deveres reais. Depois disso, o casal passou a maior parte do tempo no Canadá, mas regressou já este mês para uma série de eventos que tinha em agenda. O filho de ambos, Archie, ficou no Canadá.

“A nossa esperança era continuar a servir a rainha, a Commonwealth e as minhas associações militares sem financiamento público. Infelizmente, isso não foi possível”, disse o príncipe, sexto na linha sucessória ao trono, em Janeiro.

Os preferidos

As sondagens mostram Harry como um dos mais populares entre a família real britânica, e o casal foi recebido com uma ovação de pé num evento no sábado. A biógrafa real Penny Junor explicou que a saída de Harry será uma grande perda para a família e para a monarquia. “Pensei que ele tinha abraçado absolutamente o seu destino como um membro da família real”, disse. “Ele reconheceu o que podia fazer com a sua posição, o poder que tinha de mudar as coisas para o bem. Acho que ele vai sentir falta dessa capacidade de melhorar a vida das pessoas.”

No entanto, Harry, que serviu o Exército durante dez anos, nunca escondeu o seu desconforto com o seu papel real nem com a atenção dos media — algo que o remete para as memórias relacionadas com a morte da mãe, na sequência de um acidente de viação quando era perseguida por paparazzi​. A gota de água terá sido a forma como os tablóides britânicos reagiram à sua mulher, a ex-actriz norte-americana Meghan Markle, que se notabilizou na série Defesa à Medida — actualmente, na TVI, ao fim da noite.

Porém, Junor alerta para a possibilidade de Harry perceber que também é difícil viver no Canadá, longe da família e dos amigos. “Ele está a desistir de tudo o que conhece, de uma família enorme da qual é muito próximo e do seu trabalho, para ir morar no Canadá, onde na verdade não conhece ninguém e não tem emprego”, rematou.