Dior
Um dia depois da condenação do produtor Harvey Weinstein, considerado culpado de violação e de acto sexual criminoso, Maria Grazia Chiuri encetou um protesto em nome da Dior pela importância do “Consentimento”, considerando que “O patriarcado mata o amor” e que “quando as mulheres atacam o mundo pára” — uma instalação criada pelo colectivo feminista Claire Fontaine. Pela passerelle, propostas desportivas, vestidos simples, lenços para a cabeça e gravatas vistosas.
Valentino
Pierpaolo Piccioli levou à passerelle parisiense um Valentino mais fluido do que o habitual, apostando em cortes que evidenciam a silhueta em vez de criar ilusões através dos volumes. Mas também uma mensagem de inclusão, ao apresentar modelos masculinos e trans, além de manequins com diferentes tipos de corpo.
Chanel
Sobriedade foi a palavra-chave da colecção construída por Virginie Viard para a Chanel, em que sobressaíram as propostas a preto e branco, apenas perturbadas por alguns apontamentos em tons pálidos. “Um momento muito simples, muito puro: romantismo, mas sem floreados, emoções sem chiliques”, definiu Viard, numa nota explicativa.
Stella McCartney
A designer decidiu fomentar algumas iniciativas que poderão tornar o seu desfile totalmente neutro em carbono como dar sementes a cada pessoa presente, passando uma mensagem de sustentabilidade na moda, incluindo até pessoas com máscaras de animais (vacas, raposas, coelhos…) a desfilarem ao lado dos manequins. Uma declaração sobre a emergência climática em que dominaram os tons mais carregados.
Off-White
O actual director artístico de vestuário masculino da Louis Vuitton, Virgil Abloh, levou a Paris a sua marca Off-White preparada para fazer furor no Instagram, ao conceber um cenário apropriado para as imagens no formato daquela rede social. Nas roupas, houve lugar para lantejoulas, estampagem de pele de vaca, tons brilhantes e vestidos de noite em tule.
Ralph & Russo
A dupla de designers Tamara Ralph e Michael Russo apresentou uma amálgama de referências, indo dos nipónicos quimonos aos padrões em xadrez associados às Terras Altas da Escócia. Uma nota importante: pela primeira vez, a colecção inclui estilos unissexo e tamanhos até ao 50.
Balmain
Para o The Washington Post, o designer Olivier Rousteing levou a Paris “a sua mais refinada e sofisticada colecção de sempre para a Balmain”. Além dos brilhos e dos habituais enchumaços a sublinharem a linha dos ombros, Rousteing incluiu propostas em látex da cabeça aos pés, roupas XXL, capas e conjuntos de saia-casaco.
Saint Laurent
O belga Anthony Vaccarello apresentou provavelmente a sua colecção mais colorida ao serviço da Saint Laurent. Pela passerelle, houve látex, leggings brilhantes e blusas inspiradas na década de 1980, de onde retirou ideias como os botões dourados e as rendas.
Issey Miyake
A segunda colecção de Satoshi Kondo para a Issey Miyake voltou a pautar-se pela energia e animação — uma lufada de ar fresco numa semana em que imperaram os negros e o medo, sobretudo depois de o novo coronavírus ter encerrado o Louvre. Na passerelle, houve vestidos assimétricos, estampagens abstractas, composições a lembrar a arte do origami…
Hermès
A designer francesa Nadège Vanhee-Cybulski vestiu a chancela Hermès de cores primárias e de formas geométricas, dois conceitos que, juntos, remetem para a casa italiana da Benetton. De resto, apostou na temática equestre e em cortes e tecidos que primam pelo conforto.
Leonard Paris
Padrões florais, cortes joviais, peças usadas como que camadas sobrepostas. A colecção de Christine Phung para a Leonard Paris foi um festival de cores alegres.
Vivienne Westwood
Um conjunto de looks impressionantes, criados pelo designer Andreas Kronthaler, entre os quais se destacaram as cores fortes, as formas vincadas e muitos punhais como acessórios.
Giambattista Valli
Giambattista Valli optou por vestir de preto a passerelle, apostando em vários cortes clássicos, ao mesmo tempo que a enfeitou de forma floral – e sensual.