As memórias, os agradecimentos e a mestria de Carlos do Carmo na despedida

No seu adeus aos grandes palcos, o fadista actuou sábado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Uma noite memorável que teve de tudo: das condecorações institucionais em palco a um longo agradecimento a todos os que o levaram até ali. E fados, claro, cantados como se nunca se fosse realmente embora.

Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Fotogaleria
Rui Gaudêncio

Lucília do Carmo começou a cantar aos 17 anos e não demorou a tornar-se uma das maiores intérpretes da história do fado. Tinha uma voz límpida e uma elegância ímpar, e conservou essas qualidades até que, aos 60, anunciou ao filho que queria parar. Carlos do Carmo juntara-se-lhe depois da morte do pai, Alfredo de Almeida, para gerir a casa de fados O Faia (que começara, em 1947, por chamar-se Adega da Lucília), no Bairro Alto, em Lisboa, onde Lucília cantou praticamente todas as noites até decidir retirar-se. Estava ainda no seu auge artístico quando escolheu sair de cena. O filho, Carlos do Carmo, que já então cedera também ao fado – depois dos primeiros amores com as músicas francesas, brasileiras e norte-americanas –, escolheu deixar os palcos este sábado, a um mês dos 80 anos, com um espectáculo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, que culmina uma curta digressão de despedida que o levou ainda ao Theatro Circo, em Braga, e ao Coliseu do Porto.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 5 comentários