Ephemera de Pacheco Pereira recebe cartazes icónicos das legislativas

Tela gigante da Iniciativa Liberal que mostra António Costa no monopólio é destaque desta campanha.

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Pacheco Pereira posa junto a um cartaz da IL PÚBLICO

A associação Ephemera, do antigo deputado Pacheco Pereira, recebeu na quinta-feira, no arquivo que mantém no Parque Empresarial da Baia do Tejo, no Barreiro, vários materiais de propaganda das recentes eleições legislativas, com destaque, pela dimensão, para uma tela gigante da Iniciativa Liberal (IL).

O cartaz, que mostra António Costa num monopólio de impostos, constitui, segundo Pacheco Pereira, o mais “icónico” de todos os materiais que recebeu e contribuiu para que o IL tenha feito a campanha “mais imaginativa”. Neste ranking pessoal do comentador, feito para o PÚBLICO, o Chega de André Ventura ficou em segundo, na eficácia, pela força das “palavras de ordem”.

Sobre a campanha em geral, o comentador considera que foi “muito conservadora”, assente essencialmente em “cartazes reivindicativos” e “mensagens programáticas”. Para Pacheco Pereira, as cores do Aliança são um exemplo de “propaganda má”, a do PSD “também não foi brilhante”, tal como o PS “não foi particularmente criativo”.

O ex-deputado acha que a campanha “bastante má” da CDU teve peso nos maus resultados desta força política, porque “o PCP não se apercebeu que parte da sua crise tem a ver com a usura da mensagem, o gasto da linguagem”.

Já o CDS-PP, apesar de ter tido também maus resultados nestas eleições, fez “melhor propaganda”. As duas vagas de mensagens apresentadas por Assunção Cristas nos cartazes de rua, não foi má, no entender de Pacheco Pereira. No comparativo entre as formas tradicionais de campanha e as redes sociais, conclui que os outdoors continuam a ser um dos melhores instrumentos de propaganda política partidária.

“Os outdoors são ainda os principais meios de campanha e os que requerem mais verba, porque estão frente às pessoas e em grandes quantidades”, defende.

A Ephemera acredita que os materiais agora recebidos terão interesse futuro, até porque a associação é única entidade a guardar este espólio. “É só uma questão de tempo, que é o único factor que usamos como contexto”, conclui o também historiador.

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