Google investe três mil milhões nos centros de dados na Europa e mil milhões em energias renováveis
No dia de greve pelo clima, a empresa anunciou dez projectos de energia solar e eólica.
O Google planeia investir mais três mil milhões de euros em centros de dados na Europa ao longo dos próximos dois anos, praticamente duplicando o investimento feito até agora.
O montante foi avançado pelo presidente executivo da empresa, Sundar Pichai, numa visita à Finlândia, onde a multinacional americana tem um dos seus centros de dados europeus.
Pichai disse ainda que o Google vai lançar dez projectos de energia renovável na Europa. “Estes acordos vão dar azo à construção de mais de mil milhões de euros em novas infraestruturas de energia na União Europeia”, referiu o executivo, num texto publicado num dos blogues da empresa. Serão cinco projectos de energia solar na Dinamarca, e os restantes serão projectos de energia eólica na Bélgica, Suécia e Finlândia. A iniciativa foi revelada no dia de greve pelo clima.
Os centros de dados – também conhecidos pela expressão inglesa data centers – são grandes infraestruturas usadas para armazenar dados e fornecer poder de computação. São essenciais para a multiplicidade de serviços online que o Google disponibiliza.
Na Europa, a empresa tem centros de dados na Finlândia, Irlanda, Holanda e Bélgica. No ano passado, anunciou a construção de mais um, na Dinamarca. De acordo com o Google, a empresa investiu até agora 3,2 mil milhões de euros nos centros europeus.
Os países com temperaturas mais baixas e com acesso a fontes de energia renováveis tendem a ser preferidos, uma vez que os centros consomem muita energia e um dos desafios é a manutenção das temperaturas dentro de estruturas que albergam enormes quantidades de processadores, que aquecem quando a estão a ser usados.
O impacto ambiental dos centros de dados tem sido motivo de discussão nos anos recentes, à medida que a necessidade destas estruturas cresce para dar resposta ao aumento de serviços online, de aparelhos conectados e de dados a circularem na rede. As preocupações devem-se, em boa parte, ao consumo de energia, mas também estão relacionadas com os produtos químicos que são usados para ajudar ao arrefecimento.
No ano passado, o Google anunciou que comprava energia vinda de fontes renováveis em quantidade suficiente para cobrir a totalidade das operações da empresa, o que incluía centros de dados e escritórios. Também afirmou que 18% dos servidores usados eram máquinas reaproveitadas.