Standard & Poor’s melhora perspectiva do rating português

Agência de notação financeira melhorou perspectiva relativamente ao país, de “estável” para “positiva”

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Reuters/Piroschka Van De Wouw

O rating atribuído a Portugal pela agência de notação financeira Standard & Poor’s ficou esta sexta-feira a um passo de ser elevado para BBB+ depois do anúncio de melhoria da perspectiva relativamente ao país ter passado de “estável” para “positiva”.

A agência, uma das três grandes a nível mundial, atribui neste momento um rating BBB à divida de longo prazo Portugal (e de “A-2" a curto prazo), depois de o ter subido no passado mês de Março. A mudar agora a perspectiva para “positiva”, o que a Standard & Poor’s faz é sinalizar a possibilidade de o rating voltar a ser elevado durante os próximos meses, possivelmente em Março do próximo ano, quando será realizada nova avaliação.

Portugal passa deste modo a estar próximo de uma subida de rating em todas as três principais agências internacionais – Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch – todas elas neste momento com uma perspectiva “positiva” para o rating português.

Uma melhoria de rating significa que a agência passa a fazer uma avaliação mais positiva de Portugal fazer face aos compromissos assumidos com os seus credores. As subidas de rating registadas nos últimos anos são um dos motivos por trás da redução das taxas de juro da dívida pública portuguesa, que permitem neste momento que o Estado se financie às taxas de juro mais baixas de sempre.

A perspectiva “positiva” da Standard & Poor’s reflecte a avaliação que a a agência de notação faz da “resiliência” externa da economia portuguesa, que deverá crescer "perto de 2%” (previsão é de 1,9% no Programa de Estabilidade do Governo) e com a redução da dívida.  As novas medidas do BCE para estimular a economia da zona euro deverão possibilitar crescimento e em paralelo, desavalancagem, ao sector privado, acredita a agência.

Em comunicado emitido após ser conhecida a decisão da agência, o Ministério da Finanças destaca que a “evolução traduz o processo de consolidação estrutural das contas públicas e a manutenção de ganhos de competitividade, que se têm reflectido numa maior orientação exportadora da economia, na diminuição gradual do endividamento privado e num crescimento económico e do investimento a ritmos superiores ao da área do euro”. A “S&P destaca o reforço da resiliência da economia portuguesa, que traduz uma melhoria da composição, da maturidade e do custo associados à dívida externa”. 

“No que respeita às contas públicas, a agência salienta o excedente primário de cerca de 3% alcançado em 2018, um dos maiores da área do euro, e que estima que se mantenha no período 2019-2022, reforçando a trajectória de redução do rácio da dívida pública”, sublinha a nota do gabinete de Mário Centeno às redacções”.

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