Seixal quer realojar mais 74 famílias do Bairro da Jamaica ainda este ano
Neste momento o município ainda não tem todas as habitações necessárias para realojar as 74 famílias que residem nos edifícios inacabados.
O presidente da Câmara do Seixal adiantou nesta quarta-feira que está a “meio caminho” a compra de habitações para realojar 74 famílias que vivem no Bairro da Jamaica, o que espera que possa acontecer “ainda este ano”.
Em declarações à agência Lusa em Vale de Chícharos, mais conhecido como Bairro da Jamaica, no Seixal, distrito de Setúbal, Joaquim Santos (CDU) explicou que, neste momento, o município ainda não tem todas as habitações necessárias para realojar as 74 famílias que residem nos edifícios inacabados.
“O mercado imobiliário está muito dinâmico, os preços subiram de forma significativa, a portaria que define os valores máximos de comparticipação estão a ficar cada vez mais distantes daquilo que são os preços de mercado e toda a questão relacionada com o Tribunal de Contas. É um processo complexo e eu diria que estamos a meio caminho para conseguir realojar [de três edifícios] mais 74 famílias, mais de 200 pessoas”, explicou.
Ainda assim, segundo o autarca, o objectivo é que esta segunda fase de realojamentos se concretize “ainda este ano”.
“No ano passado também conseguimos mesmo no final, em Dezembro, antes do Natal. Estamos a tentar cumprir esse objectivo”, frisou.
Em 20 de Dezembro do ano passado terminou a primeira fase de realojamentos dos moradores do lote 10, em que 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações em várias zonas do concelho, segundo a Câmara Municipal do Seixal.
O acordo para a resolução da situação de carência habitacional neste bairro foi assinado em 22 de Dezembro de 2017, numa parceria entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal.
No total, a cooperação visa o realojamento de 234 famílias e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 são suportados pelo município.
O bairro começou a formar-se na década de 90, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.