Marcelo vê reconhecimento de “personalidade ímpar” na nomeação de Tolentino como cardeal

O Presidente da República tenciona estar presente na cerimónia de imposição do barrete cardinalício.

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Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou neste Domingo que a nomeação de Tolentino de Mendonça como cardeal traduz o “reconhecimento de uma personalidade ímpar”, assim como a presença da Igreja Católica na sociedade portuguesa.

“O Presidente da República manifesta o mais profundo jubilo pela elevação do senhor Dom José Tolentino de Mendonça ao cardinalato, traduzindo o reconhecimento de uma personalidade ímpar, assim como da presença da Igreja Católica na nossa sociedade, o que muito prestigia Portugal”, lê-se numa nota publicada na página da internet da Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha ainda a “excepcional relevância” de Tolentino de Mendonça como “filósofo, pensador, escritor, professor e humanista”, recordando que o convidou para presidir às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 2020.

De acordo com a mesma nota, o Presidente da República adianta que tenciona estar presente na cerimónia de imposição do barrete cardinalício.

O papa Francisco anunciou hoje, após o angelus, que o arcebispo português Tolentino de Mendonça vai ser nomeado cardeal em 5 de Outubro, data em que está marcado o consistório para a criação dos novos cardeais.

O madeirense de 53 anos, torna-se no segundo membro mais jovem do colégio cardinalício, após o cardeal da República Centro-Africana Dieudonné Nzapalainga, de 52 anos.

Em 26 de Junho de 2018, o vice-reitor da Universidade Católica e director da Faculdade de Teologia, José Tolentino de Mendonça, foi indigitado como arquivista e bibliotecário do Vaticano, cargo para o qual lhe foi atribuído o título de arcebispo.

Tolentino de Mendonça ficou a tutelar a mais antiga biblioteca do mundo, substituindo Jean-Louis Bruguès, que assumiu o cargo em 2012.