“Desobediência” e “ideias proibidas”. À porta do acampamento do BE ficam “todas as opressões”

Pedro Filipe Soares, José Soeiro, Moisés Ferreira, Francisco Louçã, Marisa Matias, José Gusmão e Catarina Martins marcarão presença no evento que começou nesta noite.

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O acampamento de jovens do BE vai na 16.ª edição ADRIANO MIRANDA

Debates, festas, workshops. A 16.ª edição do Acampamento Liberdade, de jovens do Bloco de Esquerda, arrancou nesta quarta-feira à noite, em Castelo de Bode, e termina no domingo, dia em que está prevista a presença da coordenadora do partido, Catarina Martins, num plenário intitulado 5 dias de luta toda, e agora?.

Outros bloquistas que também passarão pelo encontro que reúne jovens do partido no parque de campismo local são, por exemplo, Pedro Filipe Soares, José Soeiro, Moisés Ferreira, Francisco Louçã, João Vasconcelos, Marisa Matias, José Gusmão, Heitor de Sousa, entre outros.

O líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, fará uma intervenção intitulada Bloco: de onde vimos, para onde vamos; José Soeiro debruçar-se-á sobre o tema das classes sociais; Moisés Ferreira abordará a questão das drogas; Francisco Louçã falará da Dividadura; os eurodeputados Marisa Matias e José Gusmão lançarão uma interrogação para o debate – É possível uma União Europeia socialista?

Mas há, no programa, outros rostos e outros temas, como o ambiente, os direitos dos animais, o racismo, a escola, a pobreza, o feminismo. E também workshops de autodefesa, de acção directa, de “política e arte para ocupar as ruas”, espaços feministas e queer, entre outras actividades.

Na apresentação do evento, disponível no site do BE, pode ler-se que o acampamento Liberdade é “um espaço de resistência”. Os jovens explicam que o encontro de cinco dias serve para “imaginar, preparar e ensaiar um mundo diferente” e deixam claro o que não é bem-vindo no local: “Ficam à porta todas as opressões – não entra o machismo, não entra o racismo, não entra a LGBTfobia, não entra a exploração. No Liberdade sobra apenas lugar para a liberdade: desobediência em todas as frentes às regras que os de cima nos querem impor”, lê-se.

Na mesma apresentação, os bloquistas garantem que ali se discutirão “as ideias proibidas, se partilharão “experiências de vida e de activismo”, vivendo “sem reservas”, conhecendo “gente nova”, convivendo “intensamente” e construindo “as lutas do futuro”. Essas lutas serão “contra aqueles” que “impõem a precariedade para facturar milhões”, contra “os que querem fazer do direito à educação ou à saúde um negócio”, contra “os senhores da indústria da guerra”, contra “banqueiros” que “controlam” vidas, “senhorios” que “roubam a casa”, “grandes empresas” que “destroem o planeta e o futuro”. Tudo isto “em insubmissão contra o policiamento” das “sexualidades e identidades” e respondendo “com a única arma” que afirmam ter – “a revolução”.

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