Um asteróide do tamanho da Grande Pirâmide de Gizé passou pela Terra, mas (quase) ninguém notou
As observações da NASA sugerem que o tamanho a formação rochosa se situa entre os 120 e os 260 metros de diâmetro. Passou a “apenas” três milhões de quilómetros da Terra a uma velocidade de 59 mil km/h.
Um asteróide de grandes dimensões, apelidado pela NASA de Asteroid 2019 OK, passou na tarde desta sexta-feira relativamente “perto” da Terra. De acordo com a agência espacial, que já tinha previsto a passagem da formação rochosa pela órbita terrestre há vários anos, a aproximação máxima do asteróide aconteceu por volta das 15h00 (hora local), altura em que terá alcançado a velocidade de 16 mil metros por segundo (cerca de 59 mil quilómetros por hora). Esteve a pouco mais de 3 milhões de quilómetros da Terra e a sua passagem foi invisível a olho nu.
Com base num total de 76 observações, entre 5 de Agosto de 2010 e 1 de Setembro de 2014, a NASA calculou o tamanho, a velocidade e a trajectória do asteróide. As observações da NASA sugerem que o tamanho a formação rochosa se situa entre os 120 e os 260 metros de diâmetro.
Para ter uma ideia, estas medidas significam que o asteróide podia superar em altura a ponte icónica de São Francisco, a Golden Gate, e a sua altura pode ser também comparada à altura da Torre Eiffel, em Paris: ainda que não chegue aos seus 300 metros de altura, não lhe falta muito. O asteróide tem também quase o dobro da altura da Grande Pirâmide de Gizé, no Egipto.
Felizmente, tranquiliza a NASA, é muito raro que asteróides destas dimensões atinjam o nosso planeta. “Apenas uma vez a cada poucos milhões de anos existe um objecto grande o suficiente para ameaçar a civilização terrestre”, explica a NASA.
De acordo com os cálculos da NASA, o asteróide aproximou-se da Terra a uma distância de cerca de 0,02107 unidades astronómicas (ua), o que significa que o Asteroid 2019 OK passou como previsto a mais de 3 milhões de quilómetros da superfície terrestre.
De acordo com a página da agência espacial norte-americana, no caso de um asteróide em aproximação ser detectado precocemente, “é possível desviar o seu percurso com recurso à gravidade de uma nave espacial”. Em vez de enviar um objecto para colidir com a formação rochosa, a NASA afirma que é possível que um dispositivo voar perto do asteróide durante um longo período de tempo (anos ou mesmo década décadas) e lentamente desviá-lo do percurso que o levaria à colisão com a Terra.
A NASA já lançou vários projectos para “entender melhor a natureza dos asteróides e como estes podem ser desviados de uma trajectória de impacto com a Terra”. Além disto, a agência está a trabalhar no desenvolvimento de tecnologia que pode vir a permitir missões a estes objectos – tanto apenas com robôs, como com astronautas. Um potencial objectivo destas missões será a exploração de minerais.
Notícia actualizada a 5 de Agosto com o nome do asteróide