Greve nos combustíveis: Governo garante dimensão “satisfatória” dos serviços mínimos

Antram e sindicatos não chegaram a acordo. O ministro das Infraestruturas diz que o Governo está-se “a preparar” para a paralisação de 12 de Agosto.

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Rui Gaudêncio

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, assegurou esta, no Entroncamento, que o Governo está “a trabalhar” na questão da greve dos trabalhadores dos transportes rodoviários e que os serviços mínimos “serão numa dimensão muito satisfatória”. Patrões e sindicatos não chegaram a acordo sobre esta matéria numa reunião esta quarta-feira.

Falando durante uma visita às oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), no Entroncamento, distrito de Santarém, o ministro afirmou não ter “a menor dúvida” de que será alcançada essa “dimensão satisfatória” de serviços mínimos durante a paralisação marcada pelos sindicatos dos trabalhadores dos transportes rodoviários para se iniciar a 12 de Agosto.

Questionado sobre se, ao contrário do que sucedeu na greve de Abril, será decretada requisição civil para todo o país, Pedro Nuno Santos afirmou que o Governo se está “a preparar” e que “nos momentos certos se saberá”.

Repetindo várias vezes já ter proferido esta quarta-feira de manhã, durante a visita às oficinas da EMEF em Guifões (Porto), declarações sobre a greve (nas quais aconselhou os portugueses a abastecerem as viaturas antes de 12 de Agosto) e não ser o momento certo para falar sobre o assunto, o ministro afirmou, contudo, que o Governo intervirá nesta como em outras áreas, já que o Estado deve “assumir as suas responsabilidades” em todas elas.

Os sindicatos dos motoristas que entregaram pré-aviso de greve com início em 12 de Agosto e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) não chegaram a acordo para serviços mínimos numa reunião na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

“Há um trabalho para fazer na sede certa que não é nas oficinas da EMEF no Entroncamento. Será feito no tempo certo. Não vamos exagerar na atenção que se está a dar a esse tema. Estamos a trabalhar, estamos atentos e ninguém está a relaxar no que diz respeito a isso. Faremos aquilo que nos compete”, declarou.

Notícia actualizada às 18h55 com declarações de Pedro Nuno Santos